O Ibovespa, principal índice acionário da B3, opera em alta na manhã desta terça-feira (11). Por volta das 11h30, os ganhos eram de 1,48%, aos 114.236,95 pontos. Já o dólar comercial experimentava queda, com desvalorização de 0,23% ante o Real e cotado a R$ 4,311.
A semana começou com forte volatilidade do mercado financeiro, devido a temores envolvendo o avanço de nova variedade coronavírus e possíveis impactos do surto na economia. A China, principal país afetado e epicentro da epidemia, retomou as atividades industriais na manhã de hoje.
Veja os principais fatores que influenciam o mercado financeiro na sessão de hoje:
Mercados internacionais
Sem pregão hoje, a bolsa do Japão não abriu. Os demais índices da Ásia fecharam em alta, enquanto as bolsas europeias operavam também com ganhos. Os futuros de Nova York também apontavam para uma abertura em terreno positivo.
Crise do coronavírus
O número de casos confirmados e mortes pela nova cepa (variedade) de coronavírus só aumenta. Até a última atualização, 1.016 pessoas morreram e mais de 42 mil já foram contaminadas, com a maioria dos casos ocorrendo na China.
Além da China, 26 outros países também registraram casos da doença, e nenhum caso foi registrado na América Latina. Nesta terça-feira passada (04) foi divulgado que houve avanço na descoberta de uma nova vacina contra o coronavírus.
Xi Jinping acalma investidores asiáticos
O presidente chinês, Xi Jiping, afirmou na segunda-feira (10) que os impactos do coronavírus na atividade econômica da China serão de curto prazo. Essa declaração fez com que os investidores da Ásia ficassem mais tranquilos e aguardassem mais informações do Banco do Povo da China para estimular a liquidez da economia do gigante asiático.
Jerome Powell e o Congresso
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, vai participar da audiência semestral de política monetária e economia perante os comitês do Senado e da Câmara em Washington.
Powell está agendado para depor perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara às 12h desta terça-feira (11). Na quarta-feira (12), ele comparecerá em frente ao Comitê Bancário do Senado, também às 12h.
Espera-se que a presidência do Fed reforce o sinal de que a política monetária está suspensa, dado que o mercado de trabalho continua forte e o crescimento do consumo privado permanece sólido.
Boletim Focus
O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (10) mais uma edição do Boletim Focus, que traz a perspectivas do mercado para alguns indicadores da economia nacional. O documento trouxe mais uma redução na estimativa do IPCA para 2020, que recuou de 3,40% para 3,25%, e também manteve a estimativa de que a Selic deva fechar o ano em 4,25%.
Já para 2021, os analistas mantiveram as projeções do IPCA das últimas 60 semanas, estimando uma alta de 3,75%, dentro do centro da meta estabelecida para o ano que vem.
No caso de 2021, a aposta segue em 6,00% para o fechamento do período e de 6,50% em 2022 e 2023.
Os economistas ouvidos pelo BC mantiveram as estimativas do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2020. O crescimento estimado do país ficou em 2,30% para este ano. Há quatro semanas, a estimativa era que o PIB tivesse avanço de 2,30%. Para 2021, a aposta também se manteve, em 2,50%, mantendo o mesmo patamar para 2022 e 2023.
Ata do Copom
Na ata de sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) destacou que seguirá com cautela a política de corte de juros. A Selic vem sofrendo sucessivas reduções desde o fim de julho de 2019 e chegou a 4,25%, menor patamar da história.
“Considerando os efeitos defasados do ciclo de afrouxamento [redução da Selic] iniciado em julho de 2019, o comitê vê como adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária. O Comitê enfatiza que seus próximos passos continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação, com peso crescente para o ano-calendário de 2021”, destacou, na ata divulgada hoje (11).
IPCA
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é uma prévia da inflação oficial, ficou em 0,21% em janeiro deste ano, a menor taxa para o mês desde o início do Plano Real, em 1994. O IPCA acumula taxas de 4,19% em 12 meses, abaixo dos 4,31% registrados nos 12 meses anteriores. Os dados foram divulgados hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).