Ibovespa

Ibovespa opera em leve valorização, em meio a medo internacional do coronavírus

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O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, operava, às 10h44 desta segunda-feira (10), com ganhos de 0,13%, aos 113.912,91 pontos. A semana começa com temores envolvendo o avanço do novo coronavírus e os impactos que ele pode a vir causar na economia. A China, principal país afetado e epicentro da epidemia, retomou as atividades industriais na manhã de hoje. Para o índice brasileiro, a sessão é marcada por alta volatilidade.

Já o dólar comercial também opera com desvalorização de  0,20% ante o Real, cotado a R$ 4,312, no mesmo horário. Na última sessão de sexta-feira (07), a moeda dos EUA fechou com seu maior valor desde a criação do Real, cotada a R$ 4,321.

Veja os principais fatores que influenciaram o mercado financeiro na sessão de hoje:

Mercados internacionais

As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em baixa e só Xangai avançou 0,51%. Já os índices da Europa operam com perdas e os futuros de Nova York apontam para uma abertura perto da estabilidade. A divulgação da inflação de 5,4% na China em janeiro, bem acima da projeção de 4,9%, assustou os investidores na manhã desta segunda-feira.

Crise do coronavírus

O número de casos confirmados e mortes pela nova cepa (variedade) de coronavírus só aumenta. Até a última atualização, 910 pessoas morreram e mais de 41 mil já foram contaminadas, com a maioria dos casos ocorrendo na China.

Além da China, 26 outros países também registraram casos da doença, e nenhum caso foi registrado na América Latina. Nesta terça-feira passada (04) foi divulgado que houve avanço na descoberta de uma nova vacina contra o coronavírus.

Retomada do trabalho na China

Após prolongar o feriado de Ano Novo com medo de o coronavírus se espalhar ainda mais, a China vem retomando a atividade das fábricas gradualmente. Assim, a Foxconn, por exemplo, que fabrica a maior parte do iPhone da Apple reiniciou sua produção cautelosamente, como muitas outras empresas na segunda-feira.

Jerome Powell e o Congresso

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, vai participar da audiência semestral de política monetária e economia perante os comitês do Senado e da Câmara em Washington.

Powell está agendado para depor perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara às 12h desta terça-feira (11). Na quarta-feira (12), ele comparecerá em frente ao Comitê Bancário do Senado, também às 12h.

Espera-se que a presidência do Fed reforce o sinal de que a política monetária está suspensa, dado que o mercado de trabalho continua forte e o crescimento do consumo privado permanece sólido.

Boletim Focus

O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (10) mais uma edição do Boletim Focus, que traz a perspectivas do mercado para alguns indicadores da economia nacional. O documento trouxe mais uma redução na estimativa do IPCA para 2020, que recuou de 3,40% para 3,25%, e também manteve a estimativa de que a Selic deva fechar o ano em 4,25%.

Já para 2021, os analistas mantiveram as projeções do IPCA das últimas 60 semanas, estimando uma alta de 3,75%, dentro do centro da meta estabelecida para o ano que vem.

No caso de 2021, a aposta segue em 6,00% para o fechamento do período e de 6,50% em 2022 e 2023.

Os economistas ouvidos pelo BC mantiveram as estimativas do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2020. O crescimento estimado do país ficou em 2,30% para este ano. Há quatro semanas, a estimativa era que o PIB tivesse avanço de 2,30%. Para 2021, a aposta também se manteve, em 2,50%, mantendo o mesmo patamar para 2022 e 2023.

IPCA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é uma prévia da inflação oficial, ficou em 0,21% em janeiro deste ano, a menor taxa para o mês desde o início do Plano Real, em 1994. O IPCA acumula taxas de 4,19% em 12 meses, abaixo dos 4,31% registrados nos 12 meses anteriores. Os dados foram divulgados hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).