Ibovespa segue em alta após susto causado pela CPMF; dólar opera em alta

O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, segue operando em alta e se recuperando do “susto” que tomou conta no marcador no final do pregão de ontem (16).

No final da tarde, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que “todas as alternativas estão sobre a mesa” ao ser questionado sobre a possibilidade do retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

Contudo, o otimismo internacional com os acordos entre EUA e China e os indicadores econômicos apontando para uma retomada da economia nacional explicam o avanço do índice acionário.

Assim, às 13h42, o Ibovespa registrava alta de 0,34 %, aos 112.275,44 pontos.

Dólar

Na mesma direção, no mesmo horário, o dólar comercial registrava alta de 0,2%, cotado a R$ 4,06.

Estas são as principais notícias para o dia:

Bolsas internacionais

Os futuros de Nova York operam em leve baixa no início desta terça-feira (17), na espera da divulgação de dados sobre a economia americana, com destaque para a indústria.

As bolsas da Ásia fecharam em alta, ainda com reflexos do otimismo com o acordo comercial entre EUA e China. Segundo o presidente americano, Donald Trump, em entrevista à CNN, a primeira fase deve ser assinada “nas próximas semanas”.

Na Europa, as bolsas operam em baixa com a volta da perspectiva de um Brexit sem acordo com a União Europeia. A data para a saída do Reino Unido do bloco se mantém para 31 de janeiro de 2020.

Guerra comercial

O último domingo (15) era uma data-chave para o fim da guerra comercial, isso porque os EUA planejavam aumentar de 10% para 15% as taxas sobre produtos chineses, o que acabaria com qualquer possibilidade de uma negociação com o país asiático, segundo especialistas. Ainda não está claro se a China seguirá adiante com o acordo, entretanto a suspensão da medida é vista como um primeiro passo para um acordo preliminar mais sólido.

Ata do Copom

O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou a ata de sua reunião hoje (17) às 8h, reiterando a redução na taxa básica de juros, a Selic, de 5% para 4,5%. Com isso, o Banco Central pretende estimular a tomada de crédito e reduzir a ociosidade da economia brasileira. Apesar de demonstrar cautela para novos cortes, membros do comitê destacaram que tudo dependerá de uma nova sinalização da retomada da atividade econômica.

Calendário da semana

Seguem os principais índices a serem liberados nesta semana:

Quarta-feira (18) – Divulgação do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas econômicas (IPC-FIPE) semanal e e a segunda prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M).

Quinta-feira (19) – Prévia da sondagem da indústria da FGV e o Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central (4º trimestre).

Sexta-feira (20) – Divulgação da Sondagem do Consumidor (FGV), Sondagem da Construção (FGV), do Índice Nacional de Custo da Construção do Mercado (INCC-M), do IPCA (para o mês e para o ano), do déficit da conta corrente de novembro e do investimento direto no país.

Sem data ainda – Divulgação dos dados da arrecadação federal em novembro e do número de empregos formais para o mesmo mês.