Ibovespa

Ibovespa segue em forte alta, em movimento global de reversão de perdas da semana passada

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O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, operava, às 15h09 desta segunda-feira (03), com forte valorização de 1,19%, aos 115.118,10 pontos. O medo do coronavírus se espalhar ainda afeta os mercados pelo mundo e os impactos na economia chinesa podem afetar diversas empresas que tem o gigante asiático como principal destino de suas mercadorias.

Já o dólar comercial operava em queda de 1,01%, cotado a R$ 4,242, no mesmo horário. Na semana passada, a moeda americana fechou com maior valor desde a criação do Real, cotado a R$ 4,286, mas a ausência de novas notícias sobre o coronavírus fez com que houvesse uma desvalorização.

Veja os principais fatores que podem influenciar os marcadores na sessão de hoje:

Mercados internacionais

Na volta do feriado do Ano Novo Chinês, a bolsa de Xangai encerrou com forte queda de 7,72%. Apesar disso, o índice de Hong Kong teve uma leve alta e os de Japão e Coreia do Sul fecharam em queda. 

As bolsas europeias abriram em alta, enquanto os futuros de Nova York apontam para uma abertura positiva na manhã de hoje. 

Crise com coronavírus

O número de casos confirmados e mortes pela nova cepa (variedade) de coronavírus só aumenta. Até a última atualização, 362 pessoas morreram e mais de 17 mil já foram contaminadas, com a maioria dos casos ocorrendo na China.

No final de semana, foi confirmada a primeira morte fora do território chinês, nas Filipinas. 

Na quinta-feira passada (30), a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta de atenção global para evitar a propagação do vírus. Mesmo assim, a instituição não restringiu viagens internacionais.

No Brasil, 16 casos suspeitos da doença estão sendo investigados em pessoas que estiveram ou entraram em contato com pessoas que viajaram para a China nos últimos meses.

Copom

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) realiza na próxima terça (4) e quarta-feira (5) a primeira reunião de 2020. As expectativas são de uma nova redução na taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 4,50%, para 4,25%.

Com a redução dos juros, o crédito é estimulado e isso reaquece a economia. Com isso, a inflação tende a aumentar. Por isso, o BC mantém a atenção no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), atualmente abaixo do centro da meta.

No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom analisam as possibilidades e definem a Selic.

PMI brasileiro

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) brasileiro divulgado nesta segunda-feira (03) subiu a 51,0 em janeiro, depois de ter terminado 2019 a 50,2, informou o IHS Markit. Leituras acima de 50 indicam expansão.

No lado positivo do indicador, produção, encomendas e emprego tiveram aumento.Já no lado negativo, as exportações voltaram a cair, mas a um ritmo mais desacelerado do que em dezembro.

Boletim Focus

O Banco Central (BC) divulgou nesta segunda-feira (03) mais uma edição do Boletim Focus, que traz projeções do mercado para alguns indicadores da economia nacional. Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é uma prévia da inflação oficial, a expectativa para o final de 2020 caiu de 3,47% para 3,40%.

Já a o mercado projeta que a Selic caia para 4,25% ao ano até o fim de 2020. Esse seria o último corte na taxa básica de juros, que só aumentaria até chegar, em 2021, a 6%.

Por fim, a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 2,31% para 2,30% em 2020. As estimativas das instituições financeiras para os anos seguintes, 2021, 2022 e 2023 também continuam em 2,50%.