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Ibovespa sobe 1% acompanhando alta no exterior e dólar sobe para R$ 4,11

O Índice Bovespa fechou em alta de 1,03%, aos 102.243 pontos, depois de atingir 103.258 pontos na máxima do dia. O volume negociado atingiu R$ 16,505 bilhões, perto da média do ano, de R$ 19 bilhões. Os investidores se animaram com sinais de trégua na guerra comercial entre EUA e China e com a aprovação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

O destaque do dia foram os bancos que subiram com força após o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmar em um evento que a mudança nas regras das linhas de redesconto adotadas pelo banco abrirá espaço para redução dos compulsórios hoje depositados no BC. Como a redução vai liberar mais dinheiro para os bancos emprestarem, eles poderão ganhar mais, o que animou os investidores. A ação preferencial (PN, sem voto) do Itaú Unibanco subiu 2,84%, Bradesco PN, 2,31% e Banco do Brasil ON, 3,49%. Petrobras PN subiu 0,50% e Vale ON ficou estável.

Alta no mundo todo

Os mercados de ações de todo o mundo se animaram após autoridades chinesas afirmarem que vão retomar as negociações com o governo americano para tentar resolver a guerra comercial entre os dois países. A reunião está prevista para ocorrer em outubro e, até lá, representantes dos dois países vão tentar definir uma agenda de entendimento, não só no comércio, mas na questão das patentes de tecnologia.

Queda só em Londres

Na Europa, o índice reginal Euro Stoxx 600 subiu 0,72%, com o DAX, da Alemanha, ganhando 0,85%, o CAC, de Paris, 1,11% e o Ibex, de Madri, 1,54%. A exceção foi o Financial Times, de Londres, que caiu 0,55%, em meio à crise política provocada pela disputa entre o primeiro-ministro Boris Johnson e o Parlamento em torno da saída do Reino Unido da União Europeia. Johnson quer forçar a saída sem acordo, mas foi derrotado pelo Parlamento, que aprovou medida que obriga um adiamento caso não haja negociação até 31 de outubro. Johnson também queria convocar eleições, mas também foi derrotado.

Dow sobe 1,41% e juros de 10 anos tem maior alta desde 2016

Nos Estados Unidos, o Índice Dow Jones subiu 1,41% com a retomada das negociações China-EUA. O Standard & Poor’s 500 subiu 1,30% e o Nasdaq, 1,75%. Os juros americanos de 10 anos, que estavam em queda desde a semana passada e chegaram a 1,47% ao ano, deram um salto hoje de 0,11 ponto percentual, para 1,58%, o maior aumento desde novembro de 2016, fechando depois em 1,57%.

Hoje, os dados de emprego do setor privado de agosto divulgados pela empresa ADP mostraram um aumento de 195 mil vagas, acima das 150 mil esperadas, mostrando fôlego da economia. Amanhã o Departamento do Trabalho deve anunciar os dados oficiais de emprego, o payroll, o que pode mexer com as expectativas de juros do Federal Reserve e com os mercados.

Gol lidera altas do Ibovespa

As maiores altas do índice foram de Gol PN, 6,2%, Azul PN, 4,48%, Itaúsa PN, 3,62% e Banco do Brasil. As maiors quedas foram de Cielo ON, 2%, BTG Pactual Unit, 1,98%, Yduqs ON, 1,93%, e Magazine Luíza ON, 1,34%.

Dólar comercial ensaia queda, mas fecha em alta

Já o dólar começou o dia em queda, mas voltou a subir no fim do dia e fechou em alta de 0,11%, vendido a R$ 4,11 no mercado comercial. O dólar turismo subiu 0,2%, para R$ 4,28. “No fim do dia, começou um pouco de aversão ao risco no exterior, flight to quality, e o dólar voltou a ficar pressionado aqui”, afirma Pablo Stipanicic Spyer, diretor da corretora Mirae Asset.

Amanhã a expectativa é com a divulgação da inflação oficial de agosto, o IPCA do IBGE, que pode mostrar espaço para novas quedas da taxa básica de juros.

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