China

Ibovespa sobe, seguindo a tendência mundial, com dados econômicos da China; dólar tem queda

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O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, operava, às 10h15 desta sexta-feira (17), em alta de 0,60%, aos 117.403,84 pontos. No panorama global, a divulgação dos dados da economia chinesa animou os mercados pelo mundo, com uma desaceleração controlada do crescimento. Já no cenário interno, os índices econômicos apontam para uma retomada da atividade econômica.

Dólar

Na direção oposta, o dólar comercial operava com desvalorização de 0,25%, cotado a R$ 4,181, no mesmo horário. A moeda americana fechou ontem (16) com o maior valor desde o início de dezembro, a R$ 4,191.

Veja os principais fatores que podem influenciar os marcadores na sessão de hoje:

Mercados internacionais

As bolsas asiáticas fecharam com modesta alta, enquanto as bolsas europeias operavam com ganhos mais fortes e os futuros de Nova York apontavam para uma abertura também em alta. A assinatura de uma “fase 1” para o fim da guerra comercial e o anúncio do crescimento moderado da China, dentro das expectativas, animaram os índices pelo mundo.

Fase 1 dos acordos

Na tarde desta quarta-feira (15), EUA e China se reuniram para a assinatura da chamada “fase 1” dos acordos que colocariam fim na guerra comercial entre os dois países. Essa primeira fase diz que os Estados unidos se comprometeram em reduzir as tarifas sobre produtos chineses e o país asiático passará a comprar mais produtos e serviços americanos. 

Apesar do otimismo, a expectativa é de que uma nova rodada de negociações só ocorra após as eleições dos EUA, ou seja, em novembro. 

O efeito do acordo no Brasil

Como mostrou o jornal O Globo, um levantamento de Oxford, a primeira fase do acordo comercial entre EUA e China pode afetar em até R$ 10 bilhões, aproximadamente 5%, as exportações brasileiras. Partes do tratado sobre importações afirmam que o país asiático deverá comprar produtos agrícolas americanos, como soja, milho, carnes bovina, suína e de aves, entre outros.

Desaceleração chinesa

Na noite de ontem (16), a China anunciou seu crescimento no ano de 2019, com expansão de 6,1%. O número vem abaixo do dado de 2018, de 6,6%, o que vem demonstrando uma desaceleração da economia chinesa nos últimos anos, apesar do dado estar acima do crescimento médio global.

É o crescimento mais fraco do país asiático em 30 anos, em meio a uma guerra comercial com os EUA, mas os números, mais sólidos e dentro da meta, animaram os investidores e a confiança empresarial. O crescimento de 8% das vendas no varejo, acima do esperado, também contribuiu para esse otimismo. 

Indicação para OCDE

Os Estados Unidos enviaram uma carta para a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para apoiar a entrada do Brasil no grupo. No ano passado, os EUA indicaram a Argentina para integrar a organização, mas, segundo analistas, com a saída do liberal Maurício Macri, os americanos decidiram priorizar a entrada brasileira. A expectativa é de que isso aconteça até o final do mandato do atual presidente, Jair Bolsonaro.

IBC-Br

O Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, teve alta de 0,18% em novembro com relação ao mês anterior. Em comparação a novembro de 2018, o índice teve alta de 1,10%, acima do esperado de 0,90%, o que afasta o pessimismo de uma aceleração econômica mais fraca.