O Índice Bovespa ameaçou bater um novo recorde hoje, chegando na máxima do dia a 98.405 pontos, impulsionada com a melhora dos mercados no exterior e as altas das ações dos bancos após o resultado do Bradesco no quarto trimestre. Mas o principal indicador dos mercados de ações brasileiros fechou perdeu o fôlego no fim do dia e fechou em 97.393 pontos, em alta de 0,41%, e acumulando um ganho no mês de janeiro de 10,82% e, em 12 meses, 14,70%.
Um ótimo desempenho impulsionado pelo otimismo com a perspectiva de aprovação da reforma da Previdência no Congresso e com os anúncios de privatizações feitos pelo governo de Jair Bolsonaro e seu superministro da Economia, Paulo Guedes. Nem mesmo a tragédia de Brumadinho, que fez a ação da mineradora Vale cair 24% na segunda-feira, impediu o índice de fechar o mês perto do nível nominal recorde atingido em 24 de janeiro, quinta-feira passada, véspera do feriado de fundação de São Paulo, quando o indicador fechou em 97.677 pontos.
Rumo aos 100 mil?
Aumentam as apostas de que o índice poderá superar em breve os 100 mil pontos caso o governo consiga dar sinais de que aprovará a reforma da Previdência.”O último dia de janeiro tem diversos motivos para empolgar os investidores, com o cenário, o dia será positivo para ativos locais, colocando a bolsa brasileira ainda mais próxima da marca histórica dos 100 mil pontos”, afirma Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe da consultoria independente Levante.
Segundo ele, ao menos hoje, já há mais clareza a respeito da condução da política monetária americana, que segundo o Federal Reserve anunciou ontem, será mais paciente com a alta de juros. A sinalização é positiva e impulsiona Bolsas pelo mundo, ajudadas ainda por dados melhores da atividade na China. Enquanto isso, a expectativa dos brasileiros gira em torno da reforma da Previdência – que deve incluir todas as classes e promete ser aprovada ainda no primeiro semestre. Por ora, os sinais são positivos, mas ainda há um longo caminho até a sua concretização, alerta o estrategista.
Bradesco puxa alta do Ibovespa
Hoje, os bancos comandaram a alta do Ibovespa, após o Bradesco divulgar um lucro 13,4% maior no ano e 20% superior no quarto trimestre. A animação fez o papel preferencial do banco fechar em alta de 5,65%, puxando os demais, com Itaú Unibanco PN ganhando 1,73% e Banco do Brasil ON, 2,53%. Já a Vale ON, depois de subir 9% ontem, devolveu um pouco dos ganhos fechando em queda de 2,36%. Petrobras PN tambem recuou 0,16%.
Bradesco liderou as altas do Ibovespa, seguida de Via Varejo ON, com 3,99%, B2W digital ON, 3,99% e Bradesco ON, 3,71%.
As maiores quedas foram de Estácio Participações ON, 4,31%, Kroton ON, 4,27%, Gerdau PN, 3,10% e Ecorodovias ON, 3,06%.
Eletrobrás sobe 54% em janeiro e só seis papéis caem
Em janeiro, as maiores altas do Ibovespa foram de Eletrobras, com o papel ON subindo 54,35% e o PN, 44,48%. Sabesp ON, que pode ter parte de seu capital vendido pelo governo de São Paulo, subiu 37,68%, Via Varejo ON ganhou 36,67% e Cielo ON, 34,31%.
Só seis papéis do Ibovespa caíram em janeiro. As maiores quedas do mês foram de Embraer ON, 10,79%, Vale ON, 10,78%, Bradespar PN, 9,39%, Gol PN, 1,51%, Magazine Luíza ON, 0,78% e Cemig PN, 0,07%.
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