O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, operava na manhã desta segunda-feira (13) com ganhos de 0,58%, aos 116.174,39 pontos, atualizado às 10h12. Após a realização de ganhos da semana passada, com quedas sucessivas, a tendência é de alta para hoje, com o cenário externo favorável e a perspectiva da assinatura do acordo comercial entre EUA e China, após mais de dois anos de tensão entre os países.
Dólar
Na mesma direção, o dólar comercial operava com valorização de 0,66%, cotado a R$ 4,121, atualizado no mesmo horário.
Veja os principais fatores que podem influenciar os marcadores na sessão de hoje:
Mercados internacionais
As bolsas asiáticas fecharam em alta, e as bolsas europeias também operavam majoritariamente com ganhos.Os futuros de Nova York apontavam para uma abertura em alta generalizada. Os mercados pelo mundo desviaram suas atenções do Oriente Médio e focam na assinatura do acordo comercial entre EUA e China, ainda nesta semana.
Guerra comercial
Nesta semana, o vice-primeiro-ministro chinês Liu He visitará os EUA para a assinatura de um acordo que colocará fim na guerra comercial entre os dois países. A chamada “fase 1” dos acordos comerciais propõe que a China aumente suas importações dos EUA e que, em troca, os americanos retirem parcialmente as tarifas alfandegárias.
Apesar do otimismo, dois pontos ainda estão sob os olhares dos investidores: em primeiro lugar, não está marcada uma data para que se assine uma “fase 2” dos acordos; em segundo, se os acordos do tratado não forem cumpridos, uma nova escalada de tensões pode surgir entre os dois países.
Boletim Focus
A edição desta semana do Boletim Focus (BC), que traz as expectativas para o mercado, divulgado pelo Banco Central, traz poucas mudanças: o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), que é uma prévia da inflação oficial, foi atualizada de 3,60% para 3,58%, e a taxa de câmbio também teve queda de R$ 4,09 para R$ 4,04.
A expectativa do crescimento da produção industrial também caiu de 2,19% para 2,10% e o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) teve elevação de 4,24% para 4,36%.
Em 2020, a taxa básica de juros, a Selic, deve se manter em 4,50%. Já para 2021, o mercado espera que ocorra uma elevação para 6,25%, frente a uma expectativa anterior de 6,50%. A taxa de juros é o principal instrumento do BC para o controle da inflação.
Por fim, o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços do país, foi mantido em 2,30%, para 2020, e em 2,50% para 2021, 2022 e 2023.
Custo de vida
O Índice do Custo de Vida no município de São Paulo, medido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), registrou inflação de 3,09% em 2019. A alta foi maior (3,71%) para as famílias de menor renda, com a média de três salários mínimos.
Novo controle de preços?
O ministério de Minas e Energias anunciou que pretende criar uma espécie de fundo para conter a volatilidade no preço dos combustíveis. O ministro Bento Albuquerque pretende unir o excedente da produção de petróleo com os royalties da exploração petrolífera, já que um novo imposto foi descartado pelo governo.
Já o presidente da república Jair Bolsonaro defendeu que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) deveria ser aplicado na saída do combustível das refinarias e não nas bombas de combustível.