O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, tem segundo circuit breaker do dia nesta quinta-feira (12). Por volta das 11h15h, as perdas eram de 15,43%, aos 72.026,68 pontos. Como já houve uma parada hoje, a pausa agora é de uma hora.
Foi a terceira parada nos negócios durante a semana, com os ânimos acirrados por conta dos estragos da pandemia de coronavírus na economia. Por volta das 10h20, a queda era de 11,65%, aos 75.247,25 pontos.
O dólar comercial tinha alta, com valorização de 3,82% ante o Real e cotado a R$ 4,901. Mais cedo, a moeda norte-americana chegou a valer R$ 5, pela primeira vez na história. O Banco Central anunciou hoje um leilão de US$ 2,5 bi, na tentativa de segurar a alta.
Ontem, houve o segundo circuit breaker da semana, um mecanismo de defesa contra a volatilidade, com o anúncio da OMS (Organização Mundial da Saúde) de que o surto de COVID-19 é uma pandemia.
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A semana já começou com pânico generalizado nos mercados, com o preço do petróleo e os receios com o coronavírus. Na segunda-feira, a bolsa ficou parada por meia hora, com o o primeiro circuit breaker da semana.
Veja os principais fatores que influenciam o mercado financeiro na sessão de hoje:
Mercados internacionais
No Japão, o Nikkei teve forte recuo. A Bolsa de Xangai também encerrou o pregão com perdas.
Na Europa, DAX 30 e FTSE 100 tinham grandes perdas, de mais de 9%. O índice CAC 40 também derretia, caindo mais de 10%.
Já em Nova York, Dow Jones, Nasdaq e S&P 500 afundavam mais de 8%, após circuit breaker também por lá.
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Coronavírus
Ontem, a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou que o surto de COVID-19 é uma pandemia, e o número de afetados e óbitos deve aumentar. Ao redor do globo, são quase 130 mil ocorrências, com mais de 4700 mortos. No Brasil, são 68 casos.
Os mercados se frustraram com a suspensão de voos entre Europa e Estados Unidos por 30 dias, anunciada em discurso do presidente Donald Trump. Há também um pacote de medidas econômicas para conter os estragos com o coronavírus, como desoneração da folha de pagamentos e adiantamento na data de pagamento de impostos, que visa gerar liquidez de US$ 200 milhões.
Hoje, o Banco Central Europeu tem sua reunião monetária, e a presidente Christine Lagarde prometeu medidas em resposta à crise do coronavírus.
No Brasil
O governo federal sofreu mais um revés no Congresso na última quarta-feira: foi derrubado um veto presidencial em relação ao BCP, um subsídio pago para idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. Isso custará R$ 20 bilhões em 2020. Na próxima década, significa gastos de mais de R$ 200 milhões, ou seja, 25% da economia feita com a reforma da previdência.
Petróleo
O petróleo continua em queda, chegando a US$33,7 por barril. O preço da commodity vem sofrendo desde o fim de semana passado, com o anúncio de que a petroleira estatal saudita elevará a produção ao máximo, após discordância com outro produtor, a Rússia.
Balanços
Ofuscado pelo caos generalizado, o noticiário corporativo de hoje tem a divulgação dos resultados de empresas como BR Malls e CVC para depois do fechamento.