
Ibovespa
O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, fechou com forte queda o pregão desta segunda-feira (28). A baixa foi puxada pelo anúncio de que o programa Renda Cidadã utilizará recursos de pagamentos precatórios e do Fundeb para financiamento.
Ao final da sessão, as perdas foram de 2,39%, aos 94.685 pontos.
O dólar, por sua vez, teve valorização de 1,34% e retomou a cotação mais alta dos últimos 4 meses, a R$ 5,635.
Veja os fatores que influenciaram os mercados hoje:
Mercados internacionais
Ásia (encerrados)
- Nikkei 225 (Jap): 1,32% ↑
- Shangai Composite (Chi): 0,06% ↓
Europa (encerrados)
- DAX 30 (Ale): 3,22% ↑
- FTSE 100 (Ing): 1,46% ↑
- CAC 40 (Fra): 2,40% ↑
EUA (encerrados)
- Dow Jones: 1,51% ↑
- S&P 500: 1,61% ↑
- Nasdaq: 1,91% ↑
Na China
O otimismo dos mercados internacionais veio da Ásia: as empresas chinesas blue chips registraram alta do lucro (19%) pelo quarto mês seguido em agosto. Com destaque para o setor imobiliário, os dados mostram a recuperação contínua da segunda maior economia mundial.
Nos EUA
A possibilidade de um novo pacote econômico dividiu a atenção com novos casos de coronavírus nos Estados Unidos. Enquanto a Câmara norte-americana deve chegar a um acordo sobre o valor dos estímulos, segundo a presidente Nancy Pelosi, Nova York, por exemplo, registrou mil casos de covid-19 em apenas um dia no sábado.
Além disso, o The New York Times revelou informações fiscais inéditas do presidente Donald Trump, o que pode trazer um novo elemento à corrida eleitoral de novembro. Com manobras tributárias, o magnata pagou apenas US$ 750 em imposto de renda no ano em que chegou à presidência, em 2016, e o mesmo valor no ano seguinte.
Em Brasília
Já no cenário nacional, as atenções se voltaram para o anúncio do Renda Cidadã, programa que deve substituir o Bolsa Família. O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o novo programa social utilizará recursos de pagamentos precatórios e parte do Fundeb para o financiamento.
A entrega da segunda parte da reforma tributária, que iria acontecer hoje, foi adiada devido à falta de consenso entre os membros do governo. Essa etapa pode trazer a desoneração da folha de pagamento a partir de um imposto sobre operações, lembrando a antiga CPMF.