Indicador Econômico

IGP-DI sobe 1,25% em dezembro e fecha 2021 com alta de 17,74%, diz FGV

Percentual foi superior ao apurado no mês anterior, quando caíra 0,58%

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O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 1,25% em dezembro, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando caíra 0,58%. Entre janeiro e dezembro de 2021, o índice acumulou alta de 17,74%.

Em dezembro de 2020, o índice havia subido 0,76% e acumulava elevação de 23,08% em doze meses.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

“A aceleração registrada nos preços do minério de ferro (de -24,98% para 17,62%), de bovinos (de 2,60% para 8,33%) e do café (de 8,02% para 9,16%) contribuíram destacadamente para a aceleração da inflação ao produtor, índice com maior influência sobre o IGP, compensando o arrefecimento da inflação ao consumidor (de 1,08% para 0,57%) e da construção civil (de 0,67% para 0,35%)”, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 1,54% em dezembro.

No mês anterior, o índice havia apresentado queda de 1,16%. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de 0,62% em novembro para 0,23% em dezembro.

O principal responsável por este recuo foram os combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de 5,96% para -1,56%.

O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,43% em dezembro, contra 0,44% em novembro.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 2,68% em novembro para -0,03% em dezembro.

O principal responsável por este recuo foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 5,95% para -1,32%.

O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,19% em dezembro, ante 2,15% no mês anterior.

O estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 4,40% em dezembro. Em novembro, a taxa do índice caíra 6,40%.

Contribuíram para este movimento os seguintes itens: minério de ferro (-24,98% para 17,62%), soja em grão (-3,73% para 0,89%) e bovinos (2,60% para 8,33%). Em sentido oposto, vale citar aves (-3,16% para -5,55%), laranja (-2,22% para -7,04%) e algodão em caroço (1,00% para -0,93%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,57% em dezembro, contra 1,08% em novembro.

Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Transportes (3,07% para 0,28%), Educação, Leitura e Recreação (1,51% para 0,56%), Comunicação (0,09% para -0,08%) e Despesas Diversas (0,20% para 0,11%).

Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos seguintes itens: gasolina (7,44% para -0,36%), passagem aérea (8,87% para 2,84%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,11% para -0,16%) e cigarros (0,76% para 0,28%).

Em contrapartida, os grupos Habitação (0,56% para 1,10%), Vestuário (0,59% para 0,97%), Alimentação (0,66% para 0,72%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,16% para 0,21%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação.

Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial (0,63% para 3,06%), calçados (0,37% para 1,36%), frutas (-0,52% para 9,34%) e serviços de cuidados pessoais (0,23% para 0,55%).

Núcleo do IPC e Índice de Difusão

O núcleo do IPC registrou taxa de 0,53% em dezembro, ante 0,43% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 31 foram excluídos do cálculo do núcleo.

Destes, 20 apresentaram taxas abaixo de 0,14%, linha de corte inferior, e 11 registraram variações acima de 1,07%, linha de corte superior.

O índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 68,39%, 0,96 ponto percentual abaixo do registrado em novembro, quando o índice foi de 69,35%.