Desde o dia 1º de março já é possível fazer a declaração do IR (Imposto de Renda) 2021 para a Receita Federal. Faltando cerca de um mês e meio até o final do prazo de entrega, em 30 de abril, organização e planejamento antecipado são peças chaves para evitar problemas com o leão.
Para quem não vai terá a ajuda de contadores especialistas, não há porque temer o processo, é apenas atenção e organização para garantir o sucesso da declaração. Começando desde já, a probabilidade de esquecer algum detalhe diminui muito e torna essa obrigação anual um pouco menos estressante.
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Documentos essenciais
Para fazer o cálculo de eventuais pagamentos ou restituições, é preciso apresentar todos seus ganhos e gastos — como despesas com educação, saúde, doações, pensões, dependentes e mais — ao longo do ano na declaração anual.
O documento pode ser entregue em dois formatos: simplificado ou completo. O primeiro modo é mais simples e rápido de preencher, contudo limita a restituição a pouco mais de R$ 16 mil. Se, no seu caso, os gastos superam esse valor, é melhor seguir com a completa.
Para qualquer um dos dois formatos, há uma série de documentos necessários para prosseguir com a declaração:
– Distribuição de lucros, caso seja sócio de uma empresa;
– Comprovante de rendimentos pessoa física, declaração e recibo do IR do ano anterior;
– Saldo das contas bancárias, poupança e aplicações em 31 de dezembro do ano que passou;
– Nome e CPF dos dependentes;
– Comprovantes de pagamentos para instituições de ensino, gastos com médicos, dívidas, e previdência privada;
– Comprovantes de venda ou compra de bens, como casas ou carros.
Em geral, as instituições financeiras costumam enviar os comprovantes de rendimento no início de cada ano. Uma dica para facilitar a organização desses documentos é escolher uma pasta – física e no computador – especialmente para armazená-los. Dessa forma é menor risco de não encontrá-los em meio a outros papéis do dia a dia ou na caixa de e-mail.
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Atenção especial ao patrimônio
Tanto para investimento de renda fixa quanto variável, é importante checar com a sua corretora qual é a forma de tributação dos seus títulos, ações e cotas de Fundos de Investimento.
Além disso, a atenção com o ganho de capital, que deve representar um aumento de patrimônio compatível com rendimentos ao longo do ano, também é crucial. Imóveis, por exemplo, devem ser declarados pelo valor adquirido e não seu valor atualizado de mercado.
Por exemplo: se você comprou um apartamento por R$ 200 mil e anos depois ele passou a valer R$ 350 mil, continue declarando o valor no momento da aquisição. O objetivo da Receita é poder tributar de forma correta (15%) o lucro obtido posteriormente com a venda. Só é válida a atualização do valor caso tenham sido feitas benfeitorias no imóvel. Nesse caso, guarde os comprovantes da reforma.