O Indicador Mensal de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta quinta-feira (2), apontou recuo de 0,8% em setembro frente a agosto deste ano, na série com ajuste sazonal.
Com esse resultado, o terceiro trimestre teve queda de apenas 0,1%, na comparação com o segundo trimestre do ano. Em relação aos mesmos períodos de 2020, em setembro verificou-se expansão de 13,8% e, no terceiro trimestre, houve crescimento de 18,8%.
A FBCF é composta por máquinas e equipamentos, construção civil e outros ativos fixos. A evolução do indicador representa o aumento da capacidade produtiva da economia e a reposição da depreciação do estoque de capital fixo.
No resultado acumulado em 12 meses encerrados em setembro, os investimentos tiveram expansão de 20,2%. No ano, a alta acumulada é de 22,7%.
O consumo aparente de máquinas e equipamentos apresentou avanço de 0,9% em setembro e encerrou o terceiro trimestre com queda de 2,6%. Enquanto a produção de máquinas e equipamentos destinados ao mercado interno caiu 0,5% em setembro, a importação avançou 3,9% no mesmo período.
Ainda assim, as importações caíram 2,9% no terceiro trimestre. Já a produção nacional encerrou o terceiro trimestre com alta de 2%. No acumulado em doze meses, o investimento em máquinas e equipamentos registrou um aumento 27,8%.
Os investimentos em construção civil, por sua vez, recuaram 1,8% na série dessazonalizada. Essa foi a primeira queda do indicador após três altas consecutivas e, mesmo com a acomodação de setembro, o setor foi destaque no terceiro trimestre de 2021, com alta de 5,9% na margem.
Em relação ao ano de 2020, verificou-se desempenho positivo de forma generalizada. O destaque ficou por conta do componente de máquinas e equipamentos, que avançou para um patamar 16,4% superior ao de setembro de 2020. Enquanto o componente de outros ativos fixos aumentou 15,3%, a construção civil registrou crescimento de 10,8%. Na comparação trimestral, os resultados também foram positivos.