A inflação para as famílias de renda mais baixa (rendimento familiar mensal menor que R$ 1.650,50) apresentou um recuo de 1,37% em janeiro, indo de 1,58% em dezembro de 2020 para 0,21% no mês passado, informou o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
De acordo com a pesquisa, a inflação para as famílias de renda mais alta (com rendimento domiciliar superior a R$ 16.509,66) também caiu, passando de 1,05% para 0,29% no mesmo período.
Segundo o Ipea, 11 dos 16 itens que compõem o subgrupo de alimentação apresentaram desaceleração da inflação entre dezembro e janeiro. Dentre eles, os destaques ficaram para o arroz (que apresentou recuo de 3,84% para 0,24%), carnes (3,58% para -0,08%), frango (2,75% para -0,07%), leite (157% para -1,35%) e óleo de soja (4,99% para -1,08%).
Entretanto, o principal alívio para o segmento mais pobre da população foi a redução dos preços de energia elétrica: a deflação de 5,6% das tarifas conseguiu anular as altas de aluguel (0,55%) e do gás de botijão (3,19%).
Na comparação anual, a classe com a maior variação na inflação foi a de renda mais alta, passando de 0,18% em janeiro de 2020 para 0,29% em janeiro de 2021. Mesmo assim, entre fevereiro de 2020 e janeiro de 2021, a inflação das famílias mais ricas (2,9%) segue bem abaixo da observada no segmento mais pobre (6,2%).