Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – O UBS reavaliou as suas projeções para o Banco Inter (SA:BIDI11) este ano e reduziu o seu preço-alvo para a ação quase pela metade, mas considerou que os riscos estão mais inclinados para o lado positivo.
Às 14h49, as ações do Inter disparavam 14,73%, a R$ 26,56.
Segundo o relatório publicado nesta sexta-feira (7), ainda é subestimado o market cap por cliente do banco e o seu potencial de valorização comparado com a concorrência.
A indicação sobre o Inter foi atualizada de neutra para compra, mas o preço-alvo foi cortado de R$ 81 para R$ 46.
A redução tem como base o aumento na previsão do custo de capital de 12,9% para 14,1% e na queda de 21% da estimativa do lucro para os anos entre 2021 e 2023.
Atualmente as ações do Inter estão sendo negociadas a 2,2x P/VPA para 2022, com um market cap por cliente de US$ 270.
Esses múltiplos estão abaixo que a concorrência do banco digital, como no caso do Nubank (SA:NUBR33), que é negociado a 10,2x P/VPA com um market cap de US$ 810 por cliente, ou então do Itaú (SA:ITUB4), que negocia a 1,4x P/VPA com US$ 620 de market cap por cliente.
O UBS afirma que os investidores subestimam a negociação com de um market cap por cliente descontado e que mesmo se o custo do capital próprio do Inter subisse, ainda haveria 30% de valorização.
Além disso, o mercado está pagando quase nada por novas iniciativas.
Outro ponto destacado pelo relatório é a estratégia do Inter em posicionar as suas taxas de empréstimos com cartão de crédito como uma das mais baratas do setor.
Apesar de ter uma participação nesse mercado muito pequena, o Inter cobra uma taxa de juros cerca de um terço abaixo da média do setor para empréstimos parcelados e 25% abaixo da média para produtos de cartão de crédito rotativo.