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Investidor troca opções ultraconservadoras, mas não sai da renda fixa, mostra Santander

CDBs, LCIs, LCAs e LIGs cresceram quase 17% no primeiro semestre deste ano em relação a 2022, enquanto poupança, fundos DI e títulos públicos perderam espaço

- Marcello Casal Jr., Agência Brasil
- Marcello Casal Jr., Agência Brasil

Mesmo com a taxa básica de juros (Selic) permanecendo inalterada em 13,75% por um longo período, investimentos ultraconservadores perderam espaço na carteira dos investidores neste primeiro semestre do ano. 

Um levantamento realizado pelo Santander Brasil mostra que títulos públicos, fundos DI e até a poupança cederam espaço para opções como Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e as Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs).

O estudo compara os investimentos realizados pelos clientes entre janeiro e junho de 2023 em relação ao mesmo período no ano passado. 

A renda fixa – que engloba CDBs, LCI, LCA e LIGs – foi a categoria que mais cresceu no período, saltando de 32% do total da carteira dos investidores no primeiro semestre de 2022 para 37,5% de janeiro a junho de 2023.

Outra categoria que também registrou crescimento no período foram os Certificados de Operações Estruturadas (COEs), que avançaram 28% em igual período.

“Os dados revelam maturidade dos investidores dispostos a correr um pouco mais de risco – além de uma menor liquidez – em troca de maiores retornos. Tudo isso sem renunciar à segurança oferecida pela Selic ainda em patamares bastante altos”, afirma Leonardo Siqueira, head de Investimentos do Santander Brasil.

Os outros investimentos mais conservadores como o Tesouro Direto e fundos de renda fixa, incluindo os fundos DI, ficaram menos atrativos aos olhos dos investidores: os aportes recuaram 2% e 14%, respectivamente.

Até a caderneta de poupança, considerada o investimento preferido dos brasileiros, perdeu espaço, passando de 20,94% do total do portfólio em junho de 2022 para 19,72% em junho deste ano.