Ambipar

Investidores estrangeiros levaram 35% das ações em IPO da Ambipar

-
-

Por Gabriel Codas

Investing.com – A segunda-feira foi marcada pela estreia com forte valorização das ações da Ambipar na bolsa brasileira, fechando o dia com ganhos de mais de 18%. O movimento reforça a tendência de interesse pelo mercado por companhias voltadas as preocupações com o meio-ambiente.

A preocupação externa com as questões ecológicas têm sido alvo de preocupações dos investidores estrangeiros, que cobram o Brasil para adotar medidas mais rígidas, sob ameaça de retirada em massa de investimentos. No entanto, fundos globais de ESG e investidores estrangeiros foram responsáveis por 35% dos R$ 1,08 bilhão movimentado no IPO. As informações são da edição desta terça-feira da Coluna do Broad, do Estadão.

A publicação destaca que o movimento reforça a tese de que quando o investimento é bom, o interesse será sempre grande, com a demanda pela oferta de ações tendo superado em 10 vezes o que foi vendido.

Os investidores individuais também tiveram um peso importante, representando um total de R$ 1 bilhão de demanda na oferta.

Na quinta-feira, a empresa de gestão de resíduos e de resposta a emergências precificou sua oferta no topo da faixa indicativa, que era de R$ 18,75 e R$ 24,75 Os coordenadores da operação foram Bradesco BBI, BTG Pactual e Bank of America.

A operação previa emissão de lote inicial de 38 milhões de ações, que poderia ser acrescido de até 5,7 milhões de papéis suplementares. Com isso, a empresa levantou cerca de 1,08 bilhão de reais, segundo dados da CVM.

Investidores atuais da companhia – Cristhianne Borlenghi Donadio, Daniela Borlenghi Iglesias Balseiro e Débora Lemos Borlenghi – ainda poderiam vender lote adicional de 7,6 milhões de ações, segundo o prospecto da operação, o que não ocorreu, informou uma fonte próxima da transação.

A companhia vai usar os recursos para renegociar e/ou antecipar pagamentos de dívidas com custo de captação elevado e investir na expansão orgânica, por meio da construção de novas bases operacionais e escritórios comerciais. Os recursos também poderão ser usados em aquisições no Brasil e no exterior.