Ibovespa

Investidores na Bolsa e no Tesouro Direto ultrapassam 1 milhão de pessoas

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Investing.com – A B3 e o Tesouro Direto atualizaram nesta quinta-feira os números de investidores ativos em abril. A B3 anunciou que a Bolsa brasileira atingiu 1.046.244 investidores no mês, enquanto o Tesouro Direto informou que havia pelo menos 1 milhão de investidores que possuem ao menos um título do programa em 26 de abril.

Os números refletem, no caso da B3, os ganhos do Ibovespa – principal índice acionário do país – após a forte queda do PIB em 2015 e 2016, o que atraiu mais pessoas a investir em pelo menos nas ações de uma empresa. Em 2017, o Ibovespa valorizou 26,86% e a bolsa contava com 619 mil investidores. No ano seguintes, os ganhos seguiram com a alta de 15,03% e os números de investidores subindo para 813 mil.

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A marca de 1 milhão em 2019 é reflexo com o otimismo do início de mandato do presidente Jair Bolsonaro, que ganhou as eleições sob uma plataforma de reformas e de ajustes econômicos a partir de uma agenda liberal. A euforia elevou o Ibovespa de 88 mil pontos para 100 mil em 18 de março.

No entanto, as dificuldades do governo de articular uma base aliada no Congresso – o calcanhar de Aquiles deste início de mandato – freou o ímpeto dos investidores. O período é de cautela, com a tramitação da reforma da Previdência no Congresso no radar, o que leva o Ibovespa a ficar entre o intervalo de 93 mil a 97 mil pontos, o que pode impactar em uma diminuição do ritmo de entrada de novos investidores na bolsa. A aprovação da reforma da Previdência pode trazer novamente os ganhos vistos no início do ano e levar o Ibovespa a novamente romper o patamar psicológico dos 100 mil pontos.

Tesouro Direto

No caso da distribuição de títulos públicos para pessoas físicas, o Tesouro Direto atribui o crescimento de 61% de investidores ativos nos últimos 12 meses a avanços tecnológicos, diminuição de custos e disseminação da educação financeira. O aumento do interesse dos títulos públicos ocorre, paradoxalmente, em um período de redução da taxa básica de juros, que saiu de 14,25% em outubro de 2016 para 6,5% ao ano desde maio do ano passado.

O Tesouro Direto recentemente reduziu o spread do Tesouro Selic para 0,01%. Outras reduções de custos adotadas recentemente foram a queda da taxa de custódia pela B3 de 0,3% para 0,25% e a diminuição das taxas cobradas pelas principais instituições financeiras do mercado – esta foi fruto da competição entre corretoras e bancos.

Além disso, a competição no mercado também leva a informação ao público sobre a melhor performance de rendimento dos títulos de Tesouro Direto sobre a caderneta de poupança, o principal instrumento financeiro utilizado pelos brasileiros.