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IPCA-15 acelera em setembro, devido à alta da gasolina, explica especialista

Acréscimo de 5,18% na gasolina coroou o maior impacto individual no índice

- REUTERS/Sergio Moraes
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No mês de setembro, a inflação foi impulsionada, em grande parte, pelo grupo de Transportes. Antonio van Moorsel, estrategista-chefe da Acqua Vero Investimentos, explica a tendência, marcada pela variação (2,02%) e o maior impacto (0,41 p.p.), em relação ao mesmo período em agosto (0,23%); por sua vez pressionado pelos preços de combustíveis, que avançaram 4,85% em setembro, após alta de 0,46% na leitura anterior.

"O acréscimo de 5,18% na gasolina – de 0,90% em agosto – coroou o maior impacto individual no índice e foi responsável por cerca de 72% do resultado. Também contribuiu para a leitura o aumento de 17,93% no óleo diesel e a alta de 13,29% nas passagens aéreas. Sob outra ótica, o grupo de Alimentação e Bebidas se destacou no lado das quedas ao aprofundar a deflação de 0,65% em agosto para 0,77% em setembro, influenciado pelo recuo nos preços da alimentação no domicílio", disse o especialista.

Ele continuou, destacando que, com a baixa possibilidade do COPOM de intensificar o ciclo de flexibilização monetária, à luz das comunicações oficiais mais recentes – incluindo a ata da última reunião, publicada hoje –, as leituras dos índices de preço se tornam menos relevantes na margem, em termos de trajetória futura do juro. No entanto, acerca de tal conjectura, o resultado do IPCA-15 reduz ainda mais a probabilidade de materialização deste cenário, em razão das condições elencadas pelos dirigentes, dentre elas “uma dinâmica substancialmente mais benigna do que a esperada da inflação de serviços”.