IPO

IPO da Caixa Seguridade: Levante não recomenda entrada no negócio

O principal motivo, segundo os analistas, é o risco de interferência política na administração da companhia

- Marcelo Camargo/Agência Brasil
- Marcelo Camargo/Agência Brasil

A casa de análises independente Levante Investimentos disse, em relatório divulgado no dia 15 de abril, que não recomenda a entrada no IPO da Caixa Seguridade. O período de reserva já começou e vai até o dia 26 deste mês.

O principal motivo disso, segundo os analistas, é o risco de interferência política na administração da companhia. Isso porque a controladora da Caixa Seguridade é a Caixa Econômica Federal, uma empresa estatal.

“Acreditamos que a relação entre risco e retorno no investimento das ações da Caixa Seguridade não é favorável, pois existe uma grande chance de a empresa não buscar o melhor retorno para os seus acionistas devido às possíveis interferências políticas”, disseram no texto.

A Levante afirma que classifica o trabalho do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, como bom, mas ainda teme que mudanças possam acontecer e cita como exemplos as empresas estatais Eletrobras, Banco do Brasil e Petrobras, onde "mudanças já aconteceram".

Outro motivo de preocupação que chama a atenção da Levante é o fato de que a oferta será secundária. Isto é, os recursos captados não irão para a Caixa Seguridade, mas para o Governo Federal.

Apesar da recomendação ser de que o investidor não entre no negócio, a Levante ainda destaca alguns pontos positivos para o IPO da Caixa Seguridade, como a posição de liderança da companhia no mercado de seguro habitacional e a diversificação do seu portfólio de seguros.

A fixação do preço por ação do IPO está prevista para acontecer no dia 27 de abril. Já o início das negociações ficou para o dia 29 deste mês. A faixa indicativa ficou entre R$ 9,33 e R$ 12,67. Considerando o topo da faixa, a empresa poderá levantar até R$ 5,7 bilhões com a operação

Os coordenadores da oferta são o Morgan Stanley (Coordenador Líder), Caixa, Bank of America, Credit Suisse, Itaú BBA e UBS BB.