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IRB cai quase 3% com prejuízo trimestral de R$ 392,5 milhões não auditados

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Por Gabriel Codas, da Investing.com – Na parte da manhã desta segunda-feira as ações do IRB Brasil (SA:IRBR3) RE operam com perdas, indo na contramão da leve alta do Ibovespa. A resseguradora anunciou, antes da abertura do mercado, que teve prejuízo líquido de impostos de R$ 392,5 milhões de abril a maio, conforme dados preliminares e não auditados.

Por volta das 11h56, os ativos do IRB cediam 2,89% a R$ 7,74.

Por outro lado, o Ibovespa operava com leve alta de 0,05% a 102.967 pontos, sem direção definida, oscilando entre a mínima de 102.304 e 103.698 pontos.

No período, a resseguradora teve prêmio emitido de R$ 1,586 bilhão e prêmios de competência – chamados prêmios ganhos – de R$ 1,1 bilhão. Os sinistros retidos totalizaram R$ 1,35 bilhão, conduzindo a uma sinistralidade de 123% no bimestre.

Os números estão no relatório periódico mensal enviado à Superintendência de Seguros Privados – Susep, por meio do FIP (Formulário de Informações Periódicas), que atende às exigências do plano de contas exigido pelo regulador.

Junho

A companhia acrescentou que, para junho, espera “efeitos semelhantes ao bimestre em resultados”.

No mês, o IRB disse que se verificou acentuada tendência de deterioração da relação sinistros/prêmios por motivos significativamente fora do padrão verificados. Nesse sentido, houve destaque para a aceleração por parte das cedentes do exterior na conclusão de seus relatórios atualizados de valores de perdas para sinistros já avisados, especificamente de seguros patrimoniais.

Também citou significativa deterioração no comportamento conjuntural das contas de seguros de vida relativos a pensões de aposentados em países latino-americanos.

“No Brasil, em junho, desenvolvimentos adversos em Agro reportados pelas cedentes foram adequados aos níveis necessários de provisões”, citou.

Além disso, a companhia afirmou que foca em linhas de negócios no Brasil e no exterior, onde o IRB tem notadamente vantagens competitivas. Isso se dá pelo seu banco de informações e pelo seu expertise técnico: as fortalezas da empresa.

“Nessa estratégia […] sairemos de negócios com margens negativas e com pouca possibilidade de repactuação suficientes de taxas, e em linhas especialmente não estratégicas para a companhia e com isso deveremos apresentar uma redução profícua de prêmios no mercado internacional e de resultados notadamente com margem de contribuição negativas.”

De acordo com o IRB, espera-se que o ‘runoff’ desses negócios e seus efeitos sejam de “cauda de curto prazo essencialmente” em termos de resultados. Futuramente, seus impactos serão apresentados separadamente nas próximas informações trimestrais.

(Com contribuição de Reuters)