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IRB (IRBR3) supera expectativa com balanço do 1T, mas BTG identifica desafios com desastre no RS

Banco sinaliza que resultados da empresa dependerão de sua capacidade em reverter a tendência de queda na receita

IRB (IRBR3) supera expectativa com balanço do 1T, mas BTG identifica desafios com desastre no RS

Apesar de ter lido o balanço financeiro da IRB Brasil (IRBR3) referente ao primeiro trimestre de 2024 como positivo, o BTG Pactual segue com visão neutra sobre a ação, por observar incertezas no desempenho da empresa nos próximos trimestre, já que deve ser afetado pelo desastre climático do Rio Grande do Sul (RS) e dependerá de sua capacidade em reverter a tendência de queda na receita.

Embora a receita ainda não tenha mostrado sinais de crescimento, outros indicadores financeiros apresentaram desempenho superior ao esperado durante os três primeiros meses de 2024.

De janeiro a março, a IRB teve um lucro líquido de R$ 79 milhões e um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 7,3%. Esses números superaram as expectativas do BTG Pactual em 10%.

A margem de contribuição superou as previsões, com prêmios emitidos caindo 9% em relação ao trimestre anterior e 15% abaixo das projeções do banco.

A sinistralidade melhorou significativamente, situando-se em 58%, 10 pontos percentuais melhor do que o previsto.

Na margem de subscrição, a empresa também mostrou avanços notáveis, resultando em um índice combinado de 99%, uma melhora em relação aos 104% registrados no quarto trimestre de 2023 e aos 111% no primeiro trimestre do ano anterior. O lucro de subscrição foi de R$ 122 milhões, um aumento de 16% trimestre a trimestre.

No EBITDA (lucro antes juros), a seguradora alcançou R$ 151 milhões. A cobertura das reservas técnicas foi de R$ 370 milhões, enquanto o excedente de capital regulatório aumentou 23 pontos percentuais, atingindo 169%.

Apesar dos resultados positivos, o BTG Pactual alerta que a recente catástrofe no Rio Grande do Sul pode afetar negativamente a percepção dos investidores sobre as ações da IRB.

Até aqui, os papéis da companhia caíram 11% no mês, enquanto o índice geral do mercado subiu 2%.

O IRB possui linhas de negócios que podem ser afetadas, como seguros de propriedade e agrícolas. A empresa afirmou que ainda não é possível estimar o impacto dos sinistros dessa região, o que aumenta a incerteza.

Sobretudo, o banco reconhece os esforços da gestão do IRB e os avanços significativos na melhoria dos índices regulatórios e do balanço patrimonial. No entanto, a necessidade de reverter a tendência de queda na receita será um desafio a ser abordado pela administração.

Nesta quarta-feira (15), por volta 11:45, as ações IRBR3 subiam 2%, cotadas a R$ 36,93.