Analistas do banco Goldman Sachs rebaixaram a recomendação das ações de compra da Itaúsa (ITSA4) para neutro, tendo em vista um cenário menos atrativo para a companhia neste ano.
Com essa mudança na tese do banco, o preço-alvo para as ações da Itaúsa agora é de R$ 10, e antes era de R$ 10,70.
“Embora a gente veja que novas aquisições podem ajudar gradualmente a diversificação de receitas, consideramos potenciais riscos de execução associados à adição de novos investimentos no portfólio da holding”, destacam os analistas do banco.
Com base nisso, os analistas cortaram as estimativas de múltiplos, realçando que o desconto para o valor patrimonial líquido projetado é de 16%. Nesse indicador, o desconto atual é de cerca de 19%, comparado com uma média histórica de 15,4%.
Na tese do GS, vale focar, é totalmente contrária à de outras revisões de analistas.
Um exemplo claro, é o BTG Pactual, que citou em meados de dezembro que via os papéis ITSA4 como excessivamente descontados, ressaltando o comparativo do valor da holding com o do das empresas do seu portfólio.
“A Itaúsa tem uma capitalização de mercado de R$ 77 bilhões, enquanto as fatias detidas da Itaú (ITUB4) e na XP (XPBR31) somam R$ 98 bilhões, implicando em uma avaliação negativa em R$ 21 bilhões do restante do portfólio, o que nos parece injusto dada a qualidade e relevância das empresas”, disseram.