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João Brant, secretário da Secom, crítica Zuckerberg: 'declaração fortíssima'

Secretário da Secom reage a declarações do Mark Zuckerberg, apontando ataques a instituições e mudanças polêmicas nas políticas de moderação

João Brant, secretário da Secom, crítica Zuckerberg: 'declaração fortíssima'

O secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), João Brant, criticou declarações recentes de Mark Zuckerberg,   

De acordo com ele, as falas do CEO da Meta atacam instituições e direitos no ambiente online.  

Em uma postagem no X, antigo Twitter, Brant destacou que Zuckerberg fez uma “declaração fortíssima”, referindo-se ao Supremo Tribunal Federal (STF) como uma “corte secreta” e questionando o papel dos checadores de fatos. 

Mark Zuckerberg: mudança nas políticas de moderação 

As críticas do secretário vieram após a Meta anunciar mudanças nas práticas de moderação de conteúdo nesta terça-feira (7).  

Para Brant, essas alterações questionam o viés da própria equipe de “Trust and Safety” da empresa.  

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Além disso, sinalizam uma aliança com o governo dos Estados Unidos para enfrentar países como Brasil, União Europeia e outros que buscam maior regulação das plataformas digitais. 

Brant afirmou que as novas diretrizes apontam para um modelo que prioriza a liberdade de expressão individual. Mas em detrimento da proteção de outros direitos individuais e coletivos.  

Ele também destacou a menção de Zuckerberg à “repriorização do discurso cívico”, que, segundo o secretário, é “um convite para o ativismo da extrema-direita”. 

Soberania digital em debate 

Ainda mais, o secretário, acusou a Meta de desrespeitar a soberania de países sobre o funcionamento do ambiente digital.  

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“A declaração é explícita, sinaliza que a empresa não aceita a soberania dos países sobre o funcionamento do ambiente digital e soa como uma antecipação de ações que serão tomadas pelo governo Trump”, declarou Brant. 

Por fim, Brant reforçou que o discurso de Zuckerberg destaca a relevância de iniciativas já em andamento em países como Brasil, Europa e Austrália para regular as plataformas digitais.