Na sexta-feira (14), os EUA deram início a temporada de balanços referentes ao primeiro trimestre de ano e coube aos grandes bancos do País a divulgação dos primeiros números.
O lucro do J.P. Morgan se expandiu em 52% em um ano, para US$ 12,62 bilhões, ou US$ 4,10 por ação, ao passo que Wells Fargo somou US$ 4,991 bilhões no período, ou US$ 1,23 por ação, e Citigroup viu seus ganhos crescerem 7% em relação ao mesmo intervalo do ano passado, para US$ 4,61 bilhões, ou US$ 2,19 por ação.
De acordo com John Jordan, gestor de portfólio da Janus Henderson, investidores e agentes do mercado financeiro procuram hipotéticos sintomas de problemas sistêmicos no setor bancário após crise do SVB e, com isso, estarão atentos aos impactos dos fluxos e custos de depósitos dos emprestimos com esses fatores.
Para o gestor, todos procurarão pistas para saber se os resultados influenciarão a politica de aperto monetário na próxima reunião do Federal Reserve (Fed) – o grau de impacto permanece incerto, diz o executivo.
“Os fluxos e custos de depósitos têm impacto na Receita Líquida de Juros (NII, em inglês) e NIM (Margem Financeira Líquida) ao longo do tempo, e possíveis aumentos nos empréstimos serão observados”, explicou Jordan.
“Alguns bancos parecem ter apertado os padrões de empréstimo durante o mês de março, mas ainda não se sabe o grau desse aperto”, acrescentou.
As atualizações das orientações devem variar significativamente a depender do banco, já que entradas ou saídas de depósitos podem pressionar os NIMs e a Receita Líquida de Juros, e assim afetar os ganhos e retornos.