Nesta sexta-feira (16), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizou um leilão para construção de quilômetros de linhas de transmissão e mega-volt-ampéres (MVA) em capacidade de transformação de subestações, e manutenção do serviço de quilômetros de linhas de transmissão e de mega-watts em subestações conversoras.
Todos os lotes foram negociados.
Veja resultados:
Alupar (ALUP11)
Olympus, consórcio de Alupar (ALUP11), levou o primeiro lote em leilão do governo pra novos projetos de transmissão: o lote 6. O consórcio apresentou oferta com 15% de deságio.
Antes do certame, analistas previam que a alta dos juros de longo prazo poderia reduzir deságios, que chegaram a 60% no último pregão, de acordo com Luciano Costa, editor de Energia e Commodities na TC (TRAD3).
Cálculos da ANEEL indicam que os projetos em leilão exigirão investimento de R$ 3,5 bilhões.
A operação concede aos vencedores o direito de construir e operar os empreendimentos por um período de trinta anos.
Cemig (CMIG4)
A Cemig GT, subsidiária da Cemig (CMIG4) arrematou na manhã desta sexta-feira (16) o lote 1, do leilão de transmissão da Aneel realizado na sede da B3 (B3SA3), em São Paulo.
A companhia ofereceu R$ 17 milhões pelo ativo. O deságio foi de 48,05% sobre a receita anual permitida (RAP) máxima de R$ 32,7 milhões estipulada pela agência reguladora.
O lote compreende áreas dos estados de Espírito Santo (ES) e Minas Gerais (MG).
EDP (ENBR3)
A EDP Brasil (ENBR3) arrematou o lote 2, referente a áreas do estado de Rondônia (RO), no leilão de transmissão da Aneel, realizado nesta manhã de sexta-feira (16) na sede da B3 (B3SA3), em São Paulo.
A companhia ofereceu receita anual permitida (RAP) de R$ 24,9 milhões pelo ativo, em um deságio de 45,1% sobre a RAP máxima estabelecida pela agência reguladora para o empreendimento (R$ 45,4 milhões).
Taesa (TAEE11)
Nesta manhã de sexta-feira (16), a Taesa (TAEE11) arrematou o lote 3, do leilão de transmissão da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) realizado na sede da B3 (B3SA3), em São Paulo.
O lote compreende áreas dos estados do Pará (PA) e do Maranhão (MA) e a companhia disputou, no viva voz, com Celeo Redes Brasil.
O deságio proposto foi de 47,94% com RAP ((Receita Anual Permitida) de quase R$ 91,4 milhões, sobre a RAP máxima de R$ 175,5 milhões determinada pela agência reguladora.
Em seguida, a companhia venceu acirrada disputa pelo lote 5, que compreende áreas do estado de Santa Catarina (SC), por R$ 152,2 milhões – 34,21% inferior a RAP máxima estabelecida pelo órgão de regulação, que era de R$ 231,4 milhões.
Por fim, Usina Termelétrica Norte Fluminense conquistou o lote 4, que compreende áreas do estado do Rio de Janeiro.