Para a Levante, a XP apresentou números fortes e superiores ao esperado como de praxe. Desde o seu IPO (oferta pública inicial de ações), a companhia superou as expectativas médias para receita e lucro em todos os trimestres.
A Levante acredita que o relatório de resultados e a performance ruim da ação mesmo após a prévia de janeiro abre espaço para valorização das ações NASDAQ:XP e BDRs XPBR31 no curto prazo.
A XP fechou o 4T21 e o ano com R$ 815 bilhões em ativos sob custódia (AuC), crescimento de 24% frente ao quarto trimestre de 2020. Trimestre contra trimestre, o crescimento foi de 3,2%, bem mais tímido, mesmo que anualizada a taxa.
No período entre outubro e dezembro, a captação líquida foi de R$ 48 bilhões (R$ 41 bilhões no ajuste pelas custódias concentradas, consideradas extraordinárias e menos previsíveis), uma média mensal de R$ 16 bilhões ou R$ 13,6 bilhões no ajustado.
A Levante vê esta média mensal como positiva e na mesma faixa (aproximadamente entre R$ 13 bilhões e R$ 16 bilhões por mês) das apresentadas ao longo de 2021.
Assim como no terceiro trimestre, as condições de mercado atrapalharam o crescimento do AuC, segundo a Levante. Pelos cálculos da corretora, a depreciação no valor dos ativos impactou em aproximadamente R$ 22,5 bilhões o total do volume assessorado.
A receita líquida do quarto trimestre foi de R$ 3,26 bilhões, crescimento de 36% na comparação anual e em linha com as expectativas.
O principal destaque foi no varejo, cujo crescimento foi de 46%. No mix, este acaba sendo o mais importante, segundo a Levante, pois representa mais de 75% da receita total da XP.
O resultado operacional medido pelo Ebitda após ajustes foi de R$ 1,39 bilhão, crescimento de 56% e margem de 42,7%, expansão de 5,4%.
Já o lucro líquido foi de R$ 1,08 bilhão, crescimento de 51% e margem de 33,3% (expansão de 3,2 pontos percentuais).