Análise

Levante: Privatização da Eletrobras (ELET3)(ELET6) deve avançar, mas riscos de atraso aumentam

Ministro Vital do Rêgo, do TCU, teria identificado erro no cálculo que poderia resultar em uma subavaliação no valor de outorga paga ao governo pelos novos donos da empresa

- REUTERS/Brendan McDermid
- REUTERS/Brendan McDermid

A Levante considerou "marginalmente negativa" para as ações da Eletrobras (ELET3)(ELET6) a notícia de que o gabinete do ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União (TCU) teria, na quarta-feira (02), identificado erro no cálculo que poderia resultar em uma subavaliação no valor de outorga paga ao governo pelos novos donos da empresa.

Em reação a notícia, o Ministério de Minas e Energia (MME) defendeu o rigor técnico dos estudos apresentados a Corte.

Segundo a pasta, o erro de cálculo estaria relacionado ao parâmetro de potência das usinas, denominado Custo Marginal de Expansão (CME-Potência).

Autoridades afirmam que a adoção deste ou outro valor nos cálculos de outorga das usinas é dotada de inconsistência técnica, uma vez que não existiria respaldo na legislação setorial para seu uso.

Neste sentido, a adoção da potência no cálculo da outorga levaria a um resultado distorcido, superestimando o valor da mesma, visto que este excederia o que de fato a Eletrobras vai obter ao longo dos 30 anos de contrato com a venda da energia das usinas.

Embora, nesse momento, o cenário mais provável seja de avanço da operação e conclusão nas datas programadas, o suposto erro apontado pelo ministro do TCU Vital do Rêgo aumenta o risco de atrasos, ressalta a Levante.

"Independentemente do mérito técnico, o questionamento feito é uma ameaça ao cumprimento do cronograma do processo e, portanto, precisa ser monitorado", diz o relatório.

Por volta das 13:43 desta sexta-feira (4), os papéis ELET3 e ELET6 recuavam 1,75% e 1,08%, a R$ 33,74 e R$ 33,09, respectivamente.

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