A Levante considerou "marginalmente negativa" para as ações da Eletrobras (ELET3)(ELET6) a notícia de que o gabinete do ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União (TCU) teria, na quarta-feira (02), identificado erro no cálculo que poderia resultar em uma subavaliação no valor de outorga paga ao governo pelos novos donos da empresa.
Em reação a notícia, o Ministério de Minas e Energia (MME) defendeu o rigor técnico dos estudos apresentados a Corte.
Segundo a pasta, o erro de cálculo estaria relacionado ao parâmetro de potência das usinas, denominado Custo Marginal de Expansão (CME-Potência).
Autoridades afirmam que a adoção deste ou outro valor nos cálculos de outorga das usinas é dotada de inconsistência técnica, uma vez que não existiria respaldo na legislação setorial para seu uso.
Neste sentido, a adoção da potência no cálculo da outorga levaria a um resultado distorcido, superestimando o valor da mesma, visto que este excederia o que de fato a Eletrobras vai obter ao longo dos 30 anos de contrato com a venda da energia das usinas.
Embora, nesse momento, o cenário mais provável seja de avanço da operação e conclusão nas datas programadas, o suposto erro apontado pelo ministro do TCU Vital do Rêgo aumenta o risco de atrasos, ressalta a Levante.
"Independentemente do mérito técnico, o questionamento feito é uma ameaça ao cumprimento do cronograma do processo e, portanto, precisa ser monitorado", diz o relatório.
Por volta das 13:43 desta sexta-feira (4), os papéis ELET3 e ELET6 recuavam 1,75% e 1,08%, a R$ 33,74 e R$ 33,09, respectivamente.