Por Agência EY – A pandemia de Covid-19 despertou nas corporações o reconhecimentodeque é necessário tratar funcionários com empatia, dignidade e respeito.
Ao longo desses quase dois anos, as empresas registraram demissões sob alegação de salários baixos, longas jornadas de trabalho, falta de perspectiva de promoções e chefes intimidadores.
Acompanhando este movimento, a empresa de consultoria EY realizou nos Estados Unidos a “Empathy in Business Survey”. A pesquisa mostra que, dos mil empregados entrevistados entre os dias 1º de julho e 12 de julho, a maioria (54%) deixou o emprego anterior porque o chefe não demonstrava empatia emrelação àssuas lutas no trabalho ou por suas vidas pessoais (49%).
“Como resultado da pandemia de Covid-19, os líderes estão trabalhando para estabelecer modelos de transformação de negócios para se adaptar ao novo normal”, afirma Steve Payne, vice-presidente de consultoria da EY Americas.
“Nossa pesquisa descobriu que a empatia não é apenas algo bom de se ter, maséo acelerador para a transformação na próxima era dos negócios. A capacidade da empatia de criar uma cultura de confiança e inovação é incomparável, e essa característica, antes esquecida, deve estar na vanguarda dos negócios em todos os setores.”
De acordo com o levantamento, quase 90% dos trabalhadores dos EUA acreditam que a liderança empática leva a uma maior satisfação no trabalho e 79% concordam que diminui a rotatividade de funcionários.
Além disso, a maioria (88%) sente que a liderança empática cria lealdade entre os funcionários e seus líderes.
Suporte no trabalho
Os funcionários sentem que as empresas para as quais trabalham não cumprem o que divulgam em seus discursos quando o assunto é empatia e apoio.
Quase metade (46%) dos entrevistados acredita que os esforços de sua empresa para ter empatia para com os funcionários são desonestos. Dois em cada cinco (42%) dizem que sua empresa não cumpre as promessas.
As cinco principais qualidades que os funcionários procuram em um líder sênior empático são: ser transparente (41%), ser razoável (37%), acompanhar a ação (37%), encorajar outras pessoas a compartilhar suas opiniões (36%) e ser confiável para lidar com conversas difíceis (34%).
Liderança
A pesquisa mostra também que 89% dos funcionários concordam que a empatia leva a uma liderança melhor, 88% acreditam que a liderança empática inspira mudanças positivas no ambiente de trabalho e 87% dizem que permite a confiança entre funcionários e líderes.
Além disso, 85% relatam que a liderança empática aumenta a produtividade dos funcionários.
Além de melhorar a satisfação dos funcionários e diminuir as taxas de rotatividade, há benefícios comerciais para priorizar a empatia no local de trabalho.
De acordo com o levantamento, os benefícios são muitos, pois os entrevistados concordam que a empatia mútua entre líderes e funcionários aumenta eficiência (87%), criatividade (87%), inovação (86%), receita da empresa (81%).
Para eles, as principais iniciativas que os ajudariam a se sentirem mais confortáveis em discussões abertas com um chefe incluem:conversa pessoal regular (45%), canal para fornecer feedback anônimo (42%), participação em exercícios de construção de equipe (37%), lembretes frequentes de que estão em um local seguro para discussões abertas (36%), participação em workshops de treinamento e comunicação sobre discussões abertas (36%).
“A capacidade de se conectar com os funcionários e fornecer um ambiente de trabalho de suporte é mais importante do que nunca. As organizações e os líderes devem priorizar a empatia para promover a inovação, inspirar o crescimento e liderar com sucesso os esforços de transformação dos negócios”, afirma Payne.