A Lojas Quero-Quero (LJQQ3) teve um desempenho suave no primeiro trimestre de 2024, mas alinhado com as previsões, diz o BTG Pactual, ao avaliar o balanço financeiro da empresa durante o período.
No que diz respeito à receita bruta do varejo, houve um leve aumento, porém, pressionado pelas operações de varejo. As vendas líquidas totalizaram R$ 460 milhões, uma queda de 1% em relação ao ano anterior.
"Esse declínio foi atribuído principalmente a um resultado negativo de vendas na mesma loja, que registrou uma queda de 3,1%, influenciada pela deflação em várias categorias de produtos. Apesar disso, a abertura de 17 novas lojas nos últimos 12 meses compensou parcialmente esse cenário", comentou o BTG.
No entanto, o banco observa que a divisão de serviços financeiros foi o ponto positivo do trimestre, com um aumento significativo na receita.
A receita dessa divisão cresceu 15% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo R$ 187 milhões.
"Esse aumento foi impulsionado pela maior participação das vendas do VerdeCard e pelo crescimento na receita do cartão de crédito, que aumentou 16% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 22 milhões", avalia o BTG.
No EBITDA (lucro antes juros) ajustado, a empresa apresentou um crescimento de 24% em relação ao ano anterior, com R$ 39 milhões. "Esse aumento foi atribuído principalmente aos resultados positivos da divisão de serviços financeiros, que registrou uma margem EBITDA superior ao esperado", observa o banco.
Apesar dos desafios enfrentados pelas operações de varejo, o BTG Pactual expressou otimismo em relação a Lojas Quero-Quero, destacando sua sólida expansão no interior nos próximos anos e a qualidade de sua gestão.
Além disso, a empresa é vista como uma das principais beneficiárias da melhoria do panorama macroeconômico do Brasil, reforçando a visão de longo prazo positiva sobre o seu desempenho.
Para as ações LJQQ3, o BTG Pactual faz recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 7,00.