Nesta quinta-feira (9), as ações da Lojas Renner (LREN3) recuavam 4,21%, a R$ 16,14, por volta de 11:29. A empresa divulgou seus resultados do primeiro trimestre deste ano na véspera, com lucro líquido de R$ 139,2 milhões no período. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, as receitas avançaram 5%, a R$ 2,910 bilhões.
O EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) avançou 61,8% em doze meses, a R$ 372,10 milhões.
O BTG Pactual pontuou ser difícil separar as tendências temporárias das estruturais no varejo (competição transfronteiriça, melhor execução dos players locais) e no financiamento ao consumidor (competição das fintechs, altos índices de inadimplência, baixa originação de crédito).
Neste sentido, o banco afirmou que analisa com satisfação as melhorias sequenciais nos resultados do primeiro trimestre, assim como as iniciativas para melhorar o planejamento e os prazos de entrega com o novo Centro de Distribuição.
Os movimentos, aliados, devem impulsionar a lucratividade e a produtividade das lojas, embora os ganhos sejam graduais nos próximos trimestres.
Em relação à estrutura, o BTG acredita que a empresa deve enfrentar mais concorrência de plataformas transfronteiriças, com mais questionamentos em relação à agressividade da Shein e (como na Europa e nos EUA) ao modelo de baixo preço da Temu.
"Ventos contrários (competição e inadimplência) para acelerar a originação de crédito prejudicaram o crescimento recentemente. Mas os ganhos potenciais do novo CD (principalmente em termos de margem e através de uma maior produtividade), os benefícios de uma queda na Selic para a Realize e uma avaliação barata (LREN3 com PE de 13x em 2024) nos deixam positivos em um horizonte de 12 meses", afirmam os analistas Gabriel Disselli, Luiz Guanais e Pedro Lima.
O BTG recomenda compra na ação, com preço-alvo de R$ 22,00 em doze meses.