O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ordenou, nesta sexta-feira (3), que os ministérios de seu governo não deixem dinheiro que já tenha previsão de investimento sobrando nas pastas.
A determinação foi direcionada aos ministros da área de infraestrutura, durante reunião ministerial no Palácio do Planalto.
A fala de Lula vai de encontro com às discussões sobre a mudança na meta fiscal de 2024, que prevê déficit zero e pode levar a contingenciamento de gastos discricionários, entre eles, os investimentos
“Para quem está na Fazenda, dinheiro bom é o dinheiro do Tesouro. Mas para quem está na presidência, dinheiro bom é dinheiro em obras, em estradas, em escolas”, afirmou o presidente.
Enquanto alguns parlamentares e aliados do presidente temem o bloqueio de despesas em pleno ano eleitoral, outra parte entende que uma mudança na meta meses após a aprovação da nova regra fiscal seria uma sinalização ruim aos agentes financeiros.
Para o próximo ano, as despesas discricionárias, que são aquelas em que o governo tem algum poder de decisão sobre a execução, e que incluem programas sociais como o Minha Casa Minha Vida, o Bolsa Família e investimentos em obras que constam na lista do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), estão orçadas em R$ 211,9 bilhões.