Às 12:30 desta segunda-feira (15), as ações de Magazine Luiza (MGLU3) subiam 10,34%, a R$ 3,95. Desde o primeiro pregão deste mês (1), os papéis já se valorizaram em 44,85%.
A varejista reportou um prejuízo líquido de R$ 135 milhões no segundo trimestre de 2022, segundo a empresa informou na última quinta-feira (11). O montante negativo reverte o lucro de R$ 89,1 milhões apurado entre abril e junho retrasados.
Para o BB Investimentos, o resultado foi misto.
Enquanto analistas ainda observam um cenário macroeconômico pesado sobre as vendas de bens duráveis, que ocasiona retração das vendas nas lojas físicas e no 1P (venda on-line com estoque próprio), o marketplace ganha tração e a companhia tem sequencialmente recuperado margem operacional, apesar de ainda não ser suficiente para anular o impacto negativo da elevação da taxa de juros nas despesas financeiras e da posição de endividamento, o que derivou na contabilização de prejuízo no trimestre.
De acordo com os especialistas, os papéis MGLU3 acumulam alta como reflexo de perspectivas positivas para o consumo a partir do 2S22 por ocasião do arrefecimento da inflação e proximidade do fim do ciclo de aperto monetário no Brasil, o que favorece tanto companhias expostas ao consumo de bens duráveis, como aquelas cuja tese de investimentos contempla forte crescimento, como o caso de Magazine Luiza.
O BB compreende que, apesar de a companhia ter apresentado prejuízo no 2T22, esse resultado já estava incorporado na avaliação, diante do cenário desafiador que a companhia passou no 1S22.
Contudo, para os analistas, a empresa mostrou que tem feito a “lição de casa”, o que resultou na melhora tanto das margens operacionais, quanto da geração de caixa operacional, o que nos sinaliza boas perspectivas à frente.
Por essa razão, o BB elevou a recomendação para compra, com manutenção do preço-alvo para o final de 2022 em R$ 4,40, até incorporarem o resultado do 2T22.