Mais de 1,3 milhão de clientes migraram do cheque especial para empréstimos parcelados em maio, um aumento de quase 20% na comparação com abril, quando 1,11 milhão de clientes trocaram uma linha de crédito pela outra. As informações são da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).
A taxa média de juros paga por quem optou pela mudança caiu de 12,28% ao mês para 3,15% ao ano, de acordo com a Febraban. O levantamento considerou 12 bancos, que representam cerca de 90% do mercado brasileiro de cheque especial. A pesquisa também mostrou que os juros cobrados na linha de crédito alternativa caíram mais de 10% entre julho de 2018 e maio deste ano, de 3,54% ao mês para 3,15%.
Desde julho do ano passado, quando entrou em vigor a regra que estabelece que os bancos devem oferecer uma alternativa ao cliente do cheque especial, quase 11 milhões de clientes reduziram as taxas pagas por meio da migração.
A queda na taxa média de juros é resultado das regras de autorregulação bancária para o cheque especial, segundo as quais os bancos devem sempre manter em oferta linhas de crédito com taxas mais atrativas para os clientes com saldo negativo, e enviar propostas, oferecendo essas linhas, aos que utilizam mais de 15% do limite do cheque durante 30 dias consecutivos.
O objetivo da campanha, estimulada pelo Banco Central (BC), é reduzir a inadimplência nesse tipo de crédito, que é uma das mais altas entre as opções de mercado. Em sete meses, pela taxa de 12,28% ao mês, a dívida do cliente dobra de valor.
O BC já havia atuado para regulamentar formas de evitar o superendividamento no cartão de crédito rotativo.
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