Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – Os resultados da Marcopolo (POMO4) no quarto trimestre de 2021 devem apresentar uma melhora nos dados, segundo o BTG Pactual (BPAC11).
A expectativa é que essa tendência se mantenha positiva até o final do ano, com a normalização da produção, que até então foi afetada pela falta de componentes como chassis e semicondutores.
De acordo com o relatório divulgado pelo BTG, o balanço favorável do último trimestre de 2021 será impulsionado pelo rollout de vacinas no final do ano, contribuindo para a recuperação do volume de tráfego; pelo melhor mix; e pelo volume do leilão Caminho da Escola, que pretende renovar a frota de transporte das escolas públicas e deve criar uma demanda por 400 veículos, na estimativa do banco.
O BTG projeta uma receita líquida de R$ 1,1 bilhão para a Marcopolo no quarto trimestre, um aumento de 9% em relação ao resultado do mesmo período de 2020.
O EBITDA (sigla para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, em inglês) esperado é de R$ 47 milhões, abaixo dos R$ 87 milhões apresentados no ano anterior, e o lucro líquido estimado é R$ 19 milhões, ante os R$ 136 milhões do 4T20.
O Ebitda deve ser impactado positivamente pela venda da planta Ciferal, anunciada no ano passado, aponta o relatório.
Além dos resultados trimestrais, o BTG destaca que será importante observar o impacto da Ômicron no backlog da empresa, os adiamentos de pedidos e as mudanças no mix.
O BTG permanece neutro sobre as ações da Marcopolo e o preço-alvo é de R$ 3,00, por causa das perspectivas de mercado ainda desafiadoras para 2022.
Às 12h20, no horário de Brasília, as ações da Marcopolo subiam 0,97%, a R$ 3,12, nesta terça-feira (18).