A Marfrig (MRFG3) anunciou nesta segunda-feira (21) que vai exercer seus direitos de acionista para passar a influenciar a gestão da BRF (BRFS3), dona das marcas Perdigão e Sadia, após informar que a participação de quase 32% na empressa era um investimento passivo.
A companhia vai apresentar candidatos para serem eleitos ao conselho da BRF na próxima assembleia-geral, a ser realizada no dia 28 de março.
A XP não vê a medida como estratégica para a Marfrig.
A corretora ressalta que a BRF divulga seus números do quarto trimestre amanhã (22), após o fechamento do mercado e, embora as expectativas sejam de resultados positivos, essa não deve ser a tendência para 2022.
A XP mantém recomendação neutra para BRF (BRFS3), com preço-alvo de R$ 30,40 – que performa um potencial de valorização de 25,57% sobre o preço de encerramento do pregão anterior (R$ 24,21).
Por volta das 14:02 desta segunda-feira (21), as ações BRFS3 caíam 0,96%, a R$ 18,64.
A XP atribui o desempenho inferior das ações de Marfrig neste início do ano devido ao ruído dessa possível fusão, mas reiterou compra para a companhia, com preço-alvo de R$ 34,80 – que projeta um potencial de valorização de 61,26% sobre o preço de encerramento do pregão anterior (R$ 21,58).
Analistas esperam resultados acima do esperado no quarto trimestre e em 2022, na operação da companhia nos EUA. Além disso, eles têm perspectiva positiva para a taxa de câmbio e projetam uma virada do ciclo do gado no Brasil, que deve favorecer os frigoríficos nacionais.