Projeções

Média do lucro por ação (LPA) das empresas deve cair 8% nos balanços do 2º trimestre, diz XP

Receitas, entretanto, devem avançar 18,2% em relação ao reportado um ano atrás

- Marcello Casal Jr/Agência Brasil
- Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – A temporada de balanços do segundo trimestre de 2022 começa hoje (19) com os números de Romi (ROMI3). Há expectativas de que os resultados tragam maiores detalhes sobre o impacto nas empresas da inflação global, das disrupções nas cadeias de produção e dos riscos crescentes de uma recessão.

Para a XP (XPBR31), apesar do cenário macroeconômico mais desafiador, as previsões para os próximos doze meses, 2023 e 2024 subiram levemente durante o trimestre.

Ao longo do período, as projeções de lucros foram revisadas para um avanço de 8% em relação ao 2T21.

Para as receitas neste trimestre, o esperado é de um avanço anual de 18,2%, porém, a expectativa é que o lucro por ação (LPA) das empresas recue -8%, devido ao risco de uma economia mais fraca. 

O 2T22 foi marcado pelo aumento do temor de uma recessão, principalmente nos EUA, com a inflação do país atingindo os maiores patamares desde 1980.

Assim, o Federal Reserve iniciou seu processo de alta de juros no início do ano, na tentativa de trazer a inflação de volta para sua meta, ao redor de 2%.

Porém, como os preços continuam subindo a níveis recordes e não parecem estar prontos para começarem a cair, o banco central americano passou a sinalizar altas de juros maiores.

Essa retirada de estímulos, por sua vez, pode levar à contração de demanda, e uma desaceleração econômica, explica a XP. 

Essa preocupação fez com que o Ibovespa caísse -17,9% durante o 2T22 em reais e -25,2% em dólares. A queda do índice na moeda americana é percebida de forma mais acentuada, considerando que no mesmo período, o S&P 500 recuou 16,5%. 

Olhando para os próximos meses, a XP afirma que o mercado deve aguardar com expectativas para ver se o Fed conseguirá levar a economia americana a uma leve desaceleração ou se a recessão americana virá de maneira mais profunda.