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Mega operação leva quase mil policiais ao Complexo da Penha (RJ) para prender líder do Comando Vermelho

Durante a operação, pelo menos um ônibus foi atingido por disparos, e ao menos cinco pessoas ficaram feridas

Operação no Complexo da Penha
Reprodução

Na manhã desta terça-feira (3), a Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou uma mega operação no Complexo da Penha, na zona norte da cidade, com objetivo de cumprir mandados de prisão e busca e apreensão contra líderes do Comando Vermelho (CV). O traficante Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, foi capturado durante a ação.

A operação, que envolveu mais de 900 policiais civis e militares, além de quatro aeronaves, gerou momentos de grande tensão nas ruas da comunidade.

Moradores postaram nas redes sociais cenas de intensa troca de tiros, com blindados circulando pelas ruas e helicópteros sobrevoando a área.

Pelo menos um ônibus foi atingido por disparos, e ao menos cinco pessoas ficaram feridas, incluindo Ágatha Alves de Souza, de 22 anos, que foi baleada na perna enquanto aguardava em um ponto de ônibus e segue internada em estado grave.

De acordo com as autoridades, a ação também contou com o apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público, além das polícias civis do Pará e do Ceará.

Durante a operação, criminosos tentaram bloquear a entrada dos blindados com barricadas de fogo, mas a força policial avançou com sucesso.

As investigações indicam que o Complexo da Penha se tornou uma base estratégica para o Comando Vermelho, onde, além de coordenar o tráfico de drogas, o grupo comanda ações criminosas em outros estados, como roubos de veículos e cargas. Essa estrutura serve para financiar a facção, comprar armamentos e até pagar mesadas para as famílias de líderes presos.

A operação também expôs a migração de líderes criminosos de estados como Pará e Ceará para o Rio, o que aumenta a complexidade da situação na cidade. Segundo a Polícia Civil, esses criminosos estão se escondendo no Complexo da Penha, fortalecendo a presença do Comando Vermelho no Rio de Janeiro.