Na quinta-feira (5), o Mercado Livre (NASDAQ:MELI) (MELI34) informou ter registrado um lucro líquido de US$ 65 milhões no primeiro trimestre de 2022. O montante reverte um prejuízo líquido de US$ 34 milhões apurado no mesmo período do ano passado.
Na opinião de Alexandre Constantini, estrategista da Catarina Capital, os resultados foram bons e ele avalia que o mercado recebeu bem os números. As ações da companhia negociadas em Nova York registravam alta de cerca de 5% no after market.
Constantini destaca que os principais resultados foram o crescimento de 63,1% ano sobre ano da receita líquida, a US$ 2,2 bilhões e o GMV (sigla em inglês para volume geral de vendas), que se expandiu em 32% na mesma base de comparação, a US$ 7,7 bilhões.
O TPV (sigla em inglês para volume total de pagamentos) foi de US$ 25 bilhões, avanço de 31% em relação ao primeiro trimestre do ano passado.
“Enquanto boa parte dos e-commerces mostram crescimentos bem mais modestos, já em função de uma base de comparação difícil, Mercado Livre também se encaixa nesse caso, só que ela ainda cresce cavalarmente”, diz o estrategista.
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Ele pontua que o aplicativo Mercado Pago, hoje, representa cerca de 43,0% da receita consolidada da empresa. Essa fatia era de 34% no mesmo intervalo de 2021.
Por outro lado, o portfólio de crédito da empresa atingiu US$ 2,4 bilhões e isso pode acender uma luz amarela, avalia Constantini. “Porque houve sim um aumento na inadimplência e não sei se o mercado vai penalizar isso ou, se por enquanto, vai estar só monitorando”, comenta.
27% do portfólio foi atingido pela inadimplência (24% no trimestre anterior), o que se justifica pelas dificuldades macroeconômicas, avalia o estrategista.
“Mas o mercado está satisfeito. O Mercado Livre mostra ser uma empresa muito mais robusta, forte, integrada, um ecossistema que eles criaram de vários serviços”, conclui.
