Em temporada de balanços, grupo Pão de Açúcar publicou seus resultados do primeiro trimestre de 2020 nesta semana. Tanto a XP Investimentos quanto o banco BTG Pactual recomendam compra das ações em relatório.
O grupo GPA, que controla o Pão de Açúcar e o Extra, teve prejuízo líquido de R$ 130 milhões – contra lucro de R$ 126 milhões no mesmo período de 2019 -, por conta da aquisição do grupo colombiano Almacenes Éxito. Esse é um dos motivos das perdas, mesmo com receita líquida de R$ 19,7 milhões no período.
O consenso de mercado esperava lucro líquido de R$ 212 milhões. Na operação brasileira, que representa aproximadamente 75% do Ebtida, o valor ajustado foi de R$ 988 milhões, 3% abaixo do que projetava a XP. Já o Ebtida reportado esteve 15% abaixo dos cálculos da corretora.
A XP Investimentos recomenda as ações do GPA com alvo de R$ 100ação, mas avaliam o resultado como “abaixo da estimativa”. A corretora espera volatilidade no curto prazo “em função das preocupações em relação à evolução da rentabilidade da empresa”. Ao mesmo tempo. analistas apostam em bom número de vendas no 2º trimestre.
Por outro lado, o BTG Pactual recomenda a compra porque as ações estão baratas. Os resultados operacionais não surpreenderam analistas do banco, e o resultado mais fraco é justificado pela compra da Éxito. Estimam que os papéis serão negociados preços atraentes, e que a reformulação e adaptação da marca em meio à pandemia de coronavírus valoriza os ativos.
Ao mesmo tempo, também apostam alto nos próximos trimestres, assim como a XP, “definida para se beneficiar do aumento do tráfego devido ao Covid-19, bem como à conversão de lojas de hipermercado para o formato de caixa e transporte, fechamento de lojas não rentáveis, monetização de ativos não essenciais e ampliação e reforma da bandeira do Pão de Açúcar.”