Por Enrico Dela Cruz, da Reuters – O preço do minério de ferro em Dalian, na China, caiu pela segunda sessão consecutiva nesta quinta-feira (14), em meio ao pessimismo sobre a perspectiva de demanda chinesa, com Pequim se tornando mais agressiva do que o esperado ao impor controles de produção de aço no primeiro trimestre de 2022.
O governo, buscando conter a produção de aço para garantir ar limpo, determinou que as usinas em mais cidades no norte da China reduzam produção de 15 de novembro a 15 de março.
Isso pesou em um mercado já nervoso com os temores em relação ao setor imobiliário da China após a crise do China Evergrande Group (HK:3333) (OTC:EGRNY) e um agravamento da crise energética.
O minério de ferro mais negociado de janeiro na Bolsa de Commodities de Dalian fechou em queda de 2,9%, a 736 iuanes (114,37 dólares) a tonelada, após atingir 712 iuanes no início da sessão, seu nível mais fraco desde 30 de setembro.
Na Bolsa de Cingapura, o ingrediente siderúrgico subia 2,4% para 124,10 dólares a tonelada às 4h06 (horário de Brasília), depois de dois dias de queda.
A meta de redução da produção de aço da China no primeiro trimestre de 2022, quando os Jogos Olímpicos de Inverno estão programados para ocorrer em Pequim e na província vizinha de Hebei, foi "mais agressiva do que as expectativas do mercado", disseram analistas do Citi.
O minério de ferro spot na China foi negociado a 126,50 dólares a tonelada na quarta-feira, 46% abaixo de seu pico recorde em meados de maio, com base nos dados da consultoria SteelHome. SH-CCN-IRNOR62
O carvão metalúrgico em Dalian caiu 0,2% e o coque ganhou 1,1%.
O vergalhão de aço para construção na Bolsa de Futuros de Xangai caiu 0,2%, enquanto a bobina a quente subiu 0,3%. O aço inoxidável avançou 0,4%.