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Minério de ferro e soja disparam e IGP-10 fica em 1,79% em janeiro; alta de 17,82% em 12 meses

Em janeiro de 2021, o índice subira 1,33% no mês e acumulava elevação de 24,49% em 12 meses

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Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 1,79% em janeiro. No mês anterior, o índice caíra 0,14%. Com esse resultado, o índice acumula alta de 17,82% em 12 meses. Em janeiro de 2021, o índice subira 1,33% no mês e acumulava elevação de 24,49% em 12 meses.

“As acelerações observados nos preços do minério de ferro (de -19,28% para 24,56%) e da soja (de -3,41% para 2,92%), itens de maior peso no índice ao produtor, orientaram o avanço da taxa do IPA, índice com maior influência sobre o IGP-10. Já a inflação ao consumidor e na construção civil apresentaram desaceleração em função da queda do preço da gasolina (de 5,50% para -1,51%) e de vergalhões e arames de aço (de -0,40% para -1,61%), nesta ordem”, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços.

Três índices compõem o IGP-10:

Com peso de 60%, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 2,27% em janeiro. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de -0,51%.

Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de 0,42% em dezembro para 0,75% em janeiro. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -2,84% para 3,14%.

O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,87% em janeiro. No mês anterior, a taxa variara 0,46%.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 1,98% em dezembro para 0,55% em janeiro.

A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 4,28% para -1,31%.

O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,86% em janeiro, após alta de 1,60% no mês anterior.

O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de -3,78% em dezembro para 5,43% em janeiro. As principais contribuições para o avanço da taxa partiram dos seguintes itens: minério de ferro (-19,28% para 24,56%), soja em grão (-3,41% para 2,92%) e milho em grão (-4,71% para 2,86%).

Em sentido descendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos itens bovinos (11,28% para 2,73%), café em grão (10,83% para 4,24%) e cana-de-açúcar (3,08% para 1,53%).

Com peso de 30%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,40% em janeiro. Em dezembro, o índice havia apresentado taxa de 1,08%.

Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Transportes (2,49% para -0,26%), Educação, Leitura e Recreação (2,61% para 0,38%), Comunicação (0,08% para 0,00%), Despesas Diversas (0,16% para 0,10%) e Habitação (0,77% para 0,74%).

As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: combustíveis e lubrificantes (5,60% para -1,61%), passagem aérea (17,18% para -4,37%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,16% para 0,04%), alimentos para animais domésticos (0,78% para 0,45%) e tarifa de eletricidade residencial (1,86% para 1,63%).

Em contrapartida, os grupos Alimentação (0,59% para 0,88%), Vestuário (0,19% para 1,31%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,12% para 0,15%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação.

Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: frutas (2,52% para 10,35%), roupas (0,24% para 1,51%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,06% para 0,38%).

Com peso de 10%, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,50% em janeiro.

No mês anterior a taxa foi de 0,54%. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de dezembro para janeiro: Materiais e Equipamentos (0,81% para 0,91%), Serviços (0,61% para 0,97%) e Mão de Obra (0,28% para 0,05%).