O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou na tarde desta sexta-feira (28) o pedido da Advocacia Geral da União (AGU) para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não deponha presencialmente à Polícia Federal.
Na visão da AGU, o STF ainda não consolidou entendimento relacionado a depoimento de presidente da República e ainda por cima esvaziou a tese da condução coercitiva. O que, na visão da AGU, faz com que o presidente da República não seja obrigado a ir depor presencialmente na sede da PF.
Moraes negou e não pretende remeter o caso ao plenário para que o colegiado do STF se posicionasse e votasse.
Entretanto, no documento em que nega o pedido da AGU, o ministro Alexandre de Moraes não sinalizou, por ora, nenhuma punição caso o presidente descumpra a ordem.
Moraes havia determinado na quinta-feira (27) que Bolsonaro deveria prestar depoimento presencialmente nesta sexta, às 14h, em investigação que apura se o presidente vazou informações sigilosas em uma "live."
Por volta de 14h, hora marcada para o depoimento, quem apareceu na Polícia Federal foi o advogado-geral da União, Bruno Bianco. Nesse horário, Bolsonaro continuava no Palácio do Planalto.
Assessoria do advogado-geral da União prepara outro agravo em resposta, segundo o jornalista Valdo Cruz.
Com informações de g1 e O Antagonista.