Morgan Stanley

Morgan Stanley elege empresas brasileiras que são top-picks na América Latina

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Por Ana Julia Mezzadri, da Investing.com – A pandemia de Covid-19 e as medidas adotadas para contê-la têm tido impactos significativos na América Latina, sobretudo sobre as tendências macroeconômicas e de comportamento de consumo, o que deve ter efeitos duradouros sobre os fundamentos de investimento. Com base nisso, apesar dos impactos econômicos sobre o emprego e a política fiscal, o Morgan Stanley (NYSE:MS), em relatório publicado nesta quinta-feira (10), vê com otimismo a performance dos mercados de ações da região.

Considerando um cenário de recuperação econômica global em forma de “V”, o banco diz permanecer otimista com os mercados de ações da região. Na sua perspectiva, a política fiscal de estímulos e a política monetária dos Estados Unidos devem ser um combo capaz de, possivelmente, causar alta nas taxas de juros e na inflação no país, o que deve beneficiar economias baseadas em commodities, como as da América Latina.

Em termos econômicos, a equipe do Morgan Stanley prevê retração de 8,4% no PIB da região em 2020, seguido de um crescimento de 4,8% em 2021.

Em seu relatório, o banco identifica três tendências-chave que foram aceleradas pela Covid-19 na América Latina: consolidação, digitalização e realocação social (geografia doméstica e mobilidade). A aceleração dessas tendências deve beneficiar os setores de e-commerce; educação; serviços financeiros; e telecomunicações, mídia e tecnologia; enquanto deve exercer impactos negativos sobre shoppings; petróleo, gás e petroquímicos; restaurantes; e transporte. Os setores que menos devem ser afetados, positiva ou negativamente, são cimento; alimentos e bebidas; saúde; construção; papel e celulose; e serviços.

Em sua análise setorial, o banco elege algumas empresas brasileiras com top-picks na América Latina. São elas: Magazine Luiza (MGLU3), Lojas Americanas (LAME4) e Lojas Renner (LREN3) em e-commerce e varejo; Itau Unibanco (ITUB4) e PagSeguro (PAGS) em finanças; Petrobras (PETR4) em petróleo; Burger King (BKBR3) em restaurantes; Localiza (RENT3) e Movida (MOVI3) em transporte; Notre Dame Intermedica (GNDI3), Hapvida (HAPV3) e Instituto Hermes Pardini (PARD3) em saúde; MRV (MRVE3) em construção; Suzano (SUZB3) em papel e celulose e Energisa (ENGI11), Equatorial (EQTL3) e Light (LIGT3) em serviços.

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