Operação

MPRJ investiga policiais e agente penitenciário envolvidos com "bicheiro" Rogério de Andrade

As investigações identificaram o envolvimento desses agentes em atividades ilícitas como o jogo do bicho

Rogério Andrade - Foto: André Lobo - Reprodução: Folha de S.Paulo
Rogério Andrade - Foto: André Lobo - Reprodução: Folha de S.Paulo | Foto: André Lobo

A operação da força-tarefa entre o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Corregedoria da Polícia Civil do RJ ganhou força nesta quinta-feira (28), com a execução de mandados de busca e apreensão contra policiais civis e um agente penitenciário suspeitos de integrar a organização criminosa liderada por Rogério de Andrade, conhecido como o maior bicheiro do Rio.

As investigações, que já estão em andamento desde 2018, identificaram o envolvimento desses agentes em atividades ilícitas como o jogo do bicho e a corrupção no sistema penitenciário.

Os alvos da operação incluem três policiais civis e um agente penitenciário, todos acusados de colaborar com o esquema criminoso que tem como epicentro a Zona Oeste do Rio, especialmente em torno das atividades de caça-níqueis e a negociação de liberação de presos mediante pagamentos ilícitos.

O esquema operava em áreas como Bangu, Realengo, Taquara e Vargem Pequena, com destaque para o papel da 34ª DP (Bangu) no favorecimento de criminosos em flagrante.

O início da investigação remonta à Operação Quarto Elemento, em 2018, quando um celular apreendido trouxe à tona informações cruciais que ligavam os agentes à rede de Rogério de Andrade, que se encontra preso desde o dia 29 de outubro.

Ele foi detido após uma operação do Gaeco, que o denunciou por homicídio. Em novembro, o contraventor foi transferido para um presídio federal de segurança máxima em Mato Grosso do Sul, onde permanece isolado.

Os mandados foram solicitados à 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa da Capital e têm como objetivo desarticular a teia de corrupção que envolve membros da polícia e do sistema penitenciário.