As ações da Multiplan (MULT3) operam em escalada nesta sexta-feira (26), um dia após a empresa apresentar seu balanço financeiro referente ao primeiro trimestre de 2024. Por volta das 11:15, os papéis MULT3 subiam 6,29%, cotados a R$ 24,52.
Nos três primeiros meses deste ano, as vendas da Multiplan aumentaram 11%, somando R$ 5,1 bilhões, impulsionadas
por um aumento de 8,6% nas Vendas nas Mesmas Lojas (SSS) no trimestre.
Os principais destaques no 1T24 foram New York City Center (42% de crescimento anual), Barra Shopping Sul (23%) e Shopping Santa Úrsula (22%).
Como resultado, a receita líquida também cresceu 11%, e superou as expectativas do Bradesco BBI e da Ágora Investimentos, assim como a do consenso em 1% e 6%, respectivamente.
Os Alugueis nas Mesmas Lojas (SSR) atingiram 3,5%, implicando um crescimento real de 3,2%. A empresa registrou receita líquida de R$ 524 milhões no 1T24, com receita de aluguel de R$ 389 milhões, 1% maior em um ano.
Enquanto isso, a receita de estacionamento aumentou para R$ 68 milhões (7% maior), a receita de serviços aumentou para R$ 40 milhões (11% maior) e as vendas de imóveis atingiram R$ 22 milhões (114% maiores) – impulsionadas
pelo percentual de andamento da conclusão do empreendimento residencial Golden Lake.
Para o BBI e Ágora, esse resultado é responsável reação positiva nas ações.
"A Multiplan apresentou bons resultados no início de 2024. As vendas cresceram, com SSS de 9% no trimestre. Por outro lado, o crescimento dos aluguéis permaneceu fraco e deve manter esta tendência em 2024 devido a um IGP-DI mais estabilizado, fazendo com que o custo de ocupação caísse 1 p.p., para 14%. Enquanto isso, as receitas consolidadas cresceram 11%, à medida que outros segmentos mantiveram tendências positivas (serviços, estacionamento e vendas de imóveis), e a Multiplan também registrou outra surpresa no FFO. Além disso, o lucro líquido da empresa cresceu sólidos 29%", destacou as casas.
Com isso, a recomendação de ambas as casas de análises são de Compra para MULT3, e destacam a companhia como sua preferência no setor, dada a qualidade dos lucros, referência de avaliação (desconto em termos de P/FFO para os pares abaixo da média histórica), redução do risco do fim dos juros sobre capital e nenhuma preocupação imediata em relação a fusões e aquisições.