Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – As ações da Natura (BVMF:NTCO3) começaram a cair no segundo semestre de 2021, em meio a uma reviravolta desafiadora da Avon e a desaceleração das vendas diretas à medida que as economias reabriram, segundo o UBS BB (BVMF:BBAS3). A inflação elevada também fez com que as sinergias de fusões e aquisições ficassem mais complicadas.
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Essa tendência não deve ser revertida no curto prazo, segundo o banco. Porém, apesar dos riscos atuais da companhia, o UBS BB acredita que os ganhos potenciais compensam essas dificuldades. No longo prazo, a expectativa é que a empresa se restabeleça, recuperando receita e adotando uma postura mais rígida no controle de gastos.
Às 13h45, as ações da Natura caíam 1,62%, a R$ 15,82. No mesmo horário, o Ibovespa avançava 0,24%, a 98.524 pontos.
Ainda assim, as contas do UBS BB apontam que as ações da Natura estão sendo negociadas a 6x EV/Ebitda 2023E, o que é um valuation bem abaixo dos múltiplos históricos e de outros players no mercado, que negociam a 11x.
Além disso, o UBS BB espera que a Natura consiga estabilizar a sua receita ao longo do segundo semestre de 2022 e que as suas margens melhorem, impulsionadas pelo aumento da produtividade em Avon e Natura na América Latina e um desempenho sólido da Aesop.
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A força da marca Natura no Brasil também deve impulsionar o crescimento da empresa no Brasil, uma vez que uma pesquisa do UBS Evidence Lab revelou a marca como vencedora em fatores que impulsionam as decisões de compra dos clientes em cosméticos, fragrâncias e produtos de higiene pessoal.
O UBS BB ainda acredita que a Natura deve ter uma estrutura mais enxuta após sua reorganização societária, juntamente com um controle de custos mais rígido, o que poderia suportar a melhoria de margem no longo prazo e a desalavancagem do balanço.
A indicação do UBS BB sobre as ações da Natura é Neutra, com preço-alvo em R$ 19.