Por Gabriel Codas, da Investing.com – Na parte da manhã desta quarta-feira as ações da Notre Dame Intermédica (SA:GNDI3) operam com valorização, ficando entre as três maiores altas do Ibovespa hoje. A companhia de saúde anunciou que fechou acordo para a compra do Grupo Medisanitas Brasil, com o valor da transação fixado em R$ 1 bilhão, de acordo com fato relevante.
Por 14h47, os ativos tinham alta de 1,37% a R$ 71,81, com máxima em R$ 73,12, chegando a liderar a alta do Ibovespa nos primeiros negócios. O Ibovespa tinha recuo de 2,21% a 99.860 pontos.
O preço de aquisição será pago à vista, na data de fechamento da operação, acrescido do caixa líquido, sendo que R$ 100 milhões serão destinados a constituição de uma conta garantia (escrow) para contingências futuras.
“A transação será paga através de recursos próprios das controladas e linhas de crédito já alinhadas com instituições financeiras”, detalhou a Notre Dame Intermédica.
Segundo a companhia, o preço de aquisição representará um múltiplo implícito estimado de 12,5 vezes Ebitda 2021 quando consideradas as sinergias planejadas para o primeiro ano da operação.
O Grupo Medisanitas Brasil concentra as operações brasileiras do grupo colombiano Keralty (especialistas em saúde integrada com atuação no Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru, México, Estados Unidos, Europa, Indonésia e Filipinas).
A empresa registrou em 2019 faturamento líquido consolidado de 572 milhões de reais, com sinistralidade caixa (Cash MLR) de 82,3%. O grupo possui uma carteira de aproximadamente 340 mil beneficiários de planos de saúde e 3 mil beneficiários dental, localizados majoritariamente em Minas Gerais.
Além disso, o Grupo Medisanitas Brasil conta com uma rede própria verticalizada no Estado de Minas Gerais que inclui 1 hospital (58 leitos), 1 pronto-socorro autônomo, 5 centros clínicos, 5 laboratórios de análises clínicas, 3 clínicas odontológicas, 1 centro oftalmológico e 1 clínica oncológica.
A conclusão da aquisição está sujeita ao cumprimento de determinadas condições precedentes, incluindo a aprovação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
(Com contribuição de Reuters)