Há mais de 2 séculos, 90% da população mundial vivia em fazendas e produzia seus próprios alimentos. Estas são as quintas que partilhamos com os nossos filhos quando descrevemos o que hoje em dia, é uma quinta: um local encantador que abriga muitos animais diferentes e terras que nutrem uma vasta variedade de alimentos. basicamente, discutimos a que ponto é possível chegar, utilizando técnicas de agricultura sustentável.
A verdade, porém, é consideravelmente diferente. Aos agricultores foi permitido um grande aumento no rendimento e uma gigante redução geral na quantia de insumos, tudo isso graças à evolução do sistema agrícola. No entanto, essas reformas fizeram com que as fábricas agrícolas com técnicas voltadas para produção em massa substituísse as fazendas familiares que realmente se focavam na agricultura sustentável.
Esse desafio foi amplamente reconhecido nas últimas décadas, e um número crescente de agricultores e cientistas inovadores está adotando um caminho alternativo, trabalhando em direção a um sistema agrícola mais sustentável – ambiental, econômica e socialmente.
Fazendas de vários tamanhos podem prosperar nesse sistema, fornecendo uma gama variada de alimentos, fibras e combustíveis de acordo com as circunstâncias locais e os mercados regionais. Emprega estratégias de ponta baseadas na ciência para melhorar a produção e o lucro, reduzindo o impacto ambiental.
Além disso, a implementação de tecnologia agrícola contemporânea que fornece dados vitais, como diferentes índices de vegetação, permite resultados mais produtivos ao mesmo tempo em que conserva os recursos naturais e financeiros.
A sustentabilidade também implica que todo o sistema seja mais robusto contra secas, inundações e outros efeitos das mudanças climáticas que os agricultores estão experienciando agora.
Últimas tendências em investimentos no setor
Os sistemas agrícolas e alimentares incluem toda uma gama de atividades envolvidas na produção, processamento, comercialização, varejo, consumo e descarte de produtos agrícolas, incluindo produtos alimentícios e não alimentícios, pecuária, pesca, incluindo aquicultura e silvicultura, como bem como as entradas necessárias e saídas geradas em cada uma dessas etapas.
Os sistemas alimentares também incluem um conjunto diversificado de partes interessadas, indivíduos e organizações, bem como os ambientes sociopolíticos, econômicos, técnicos e ecológicos nos quais essas atividades ocorrem.
O investimento deve estar focado na essência do sistema alimentar: fornecer alimentos saudáveis a todos, hoje e no futuro. Isso significa que o foco dos projetos de financiamento agrícola passará para:
– encorajar solos saudáveis, biodiversidade, bem-estar animal, redução das emissões de carbono, desperdício de alimentos e fazer uso responsável dos recursos da terra (ecossistemas equilibrados)
– aumentar a proteção e segurança alimentar, eliminar todos os tipos de desnutrição e incentivar dietas sustentáveis e diversificadas (sociedade saudável)
– métodos de negócios justos e transparentes, bem como o desenvolvimento de sistemas alimentares locais resilientes por meio do acesso a ativos, dinheiro, mercados e educação (prosperidade inclusiva).
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Oportunidades de investimento no setor
Fazendas. As terras agrícolas, assim como o ouro, são vistas por muitos investidores como uma proteção natural contra a inflação. Os investidores em terras agrícolas lucram com seus investimentos de duas maneiras: renda passiva de aluguel periódico e pagamentos de colheitas e capital quando a propriedade é vendida.
O aumento dos preços das safras se traduz em maiores pagamentos aos investidores, o que implica que o investimento em terras agrícolas é uma proteção natural contra a inflação. Os preços mais altos da safra aumentam o valor da terra subjacente, levando a valores mais fortes quando o ativo é vendido, o que beneficia os investidores.
Plantações. Os investidores podem lucrar com o fluxo de caixa gerado pelas colheitas. A maioria das colheitas é anual, embora em algumas áreas possa haver várias colheitas por ano. Em certas circunstâncias, esses rendimentos são garantidos por contratos de longo prazo com arrendatários ou consumidores que se comprometem a comprar as colheitas.
Vale notar também que o seguro agrícola, que protege os agricultores em caso de desastre, também protege os investidores. Isso implica que, mesmo que as colheitas sejam perdidas ou a receita seja reduzida devido à redução dos preços das comodidades, o agricultor ainda receberá dinheiro para pagar o arrendamento.
Sementes aprimoradas. Os três principais componentes de um sistema dinâmico que fornece o suprimento de sementes mais significativo de culturas alimentares para pequenos agricultores em países em desenvolvimento são o uso e desenvolvimento de variedades, a produção e armazenamento de sementes pelos agricultores sob condições locais e os mecanismos de troca de sementes.
Imagens de satélites. Capturar fotos e medições de luz espectral do espaço pode ser altamente valioso por si só, mas quando combinado com locais de monitoramento em terra, esses dados se tornam extremamente potentes. O sensoriamento remoto é a técnica de combinar dados de imagens de satélite com amostras no solo (como dados de estações meteorológicas, amostras de solo, levantamentos de vegetação e assim por diante) para desenvolver estimativas de condição em várias escalas geográficas. Como consequência, podemos prever condições em áreas onde não foram registradas medições no terreno.
A força e as capacidades do sensoriamento remoto estão se expandindo rapidamente à medida que a tecnologia avança. Apenas alguns anos atrás, o investimento de impacto era principalmente uma estratégia de relações públicas para instituições financeiras e outras organizações estarem atentas a preocupações como mudanças climáticas, bem-estar social e inclusão.
No entanto, à medida que o investimento de impacto se torna mais popular e melhores técnicas de medição se tornam mais amplamente disponíveis, o investimento em agricultura sustentável está prestes a assumir a liderança.
