Você provavelmente já ouviu que a Taxa Selic é definida pelo Copom. Talvez já saiba, também, que eles se reúnem para fazer isso a cada 45 dias, mais ou menos; e até conheça o significado da sigla: Comitê de Política Monetária.
Mas você sabe quem faz parte do Comitê? Como essas pessoas foram parar aí? E do “Silêncio do Copom”, você já ouviu falar?
O Copom… é o Banco Central
Na prática, é isso aí. O Copom é a Diretoria Colegiada do Banco Central Brasileiro (o BC, ou Bacen, ou BCB), formada pelos 8 diretores e o presidente do Banco. Atualmente, estes são os 9 nomes:
• Roberto Campos Neto (presidente)
• Maurício Costa de Moura (Diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta – Direc)
• Paulo Souza (Diretor de Fiscalização – Difis)
• Fabio Kanczuk (Diretor de Política Econômica – Dipec)
• Bruno Serra Fernandes (Diretor de Política Monetária – Dipom)
• Fernanda Nechio (Diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos – Direx)
• João Manoel Pinho de Mello (Diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução – Diorf)
• Otávio Damaso (Diretor de Regulação – Dinor)
• Carolina de Assis Barros (Diretora de Administração – Dirad)
Formação da Diretoria
O mandato dos diretores não tem tempo fixo. Em geral, as trocas na Diretoria Colegiada são feitas quando há mudança na presidência do país. O processo é o seguinte: o presidente da república indica um nome para determinada diretoria, e o senado aprova ou não o indicado. O membro mais novo é Fernanda Nechio, diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos.
Silêncio do Copom
Em 2016, foi oficializado o período conhecido como “Silêncio do Copom”, que se inicia na quarta-feira anterior à reunião e se estende até a divulgação da ata, uma semana depois. Veja a imagem:
Fonte: Banco Central do Brasil
Durante esse intervalo, os diretores “devem evitar ao máximo (i) proferir discursos sobre ‘Assuntos do Copom’, (ii) conceder entrevistas individuais à imprensa ou (iii) manter encontros com outros públicos que possam ter interesse nas decisões do Copom”, de acordo com o Banco Central.
O conhecimento prévio da tendência da Selic poderia ser utilizado para se obter ganhos no mercado de opções juros. Nesse sentido, a medida existe para evitar essas informações prévias sejam vazadas, o que poderia favorecer instituições privadas, por exemplo.
Nesta quarta-feira (5), ocorre o segundo dia de reunião do Copom.